O deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS), integrante da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), que investiga as fraudes no Instituto Nacional do Seguro Nacional (INSS), sugeriu que a comissão se dedique em responsabilizar quem “meteu a mão” no dinheiro dos aposentados. A fala de Pimenta foi em entrevista publicada pelo Metrópoles nesta quarta-feira (27/8).
“Nós não vamos passar a mão na cabeça de ninguém. Se for servidor de carreira, do INSS, da CGU, da Dataprev, do Ministério da Previdência, cargo de chefia, não importa. Quem meteu a mão nos dinheiros dos aposentados e das aposentadas vai responder por esse crime, disse.
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O nome de Paulo Pimenta foi colocado pela base governista para ser o vice-presidente da CPMI do INSS. No entanto, a oposição rejeitou a indicação e, por isso, Pimenta desistiu da disputa. O deputado Duarte Jr. (PSB-MA) foi o escolhido para a função.
Mesmo assim, Paulo Pimenta foi escalado para coordenar o grupo de parlamentares da base do governo na CPMI.
“Nós estamos absolutamente tranquilos. Temos a certeza que ao final desse trabalho, dessa investigação, não vai restar dúvidas que este é um esquema criminoso, bilionário, montado dentro do INSS, montado dentro da Previdência durante o governo do presidente Bolsonaro”, declarou.
Na primeira reunião da comissão realizada na terça-feira (26/8), o colegiado aprovou a convocação para depoimento de Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”.
A comissão também vai ouvir 10 ex-presidentes do INSS e do empresário do setor da saúde Maurício Camisotti, investigado como um dos beneficiários finais das fraudes.
De acordo com a Polícia Federal (PF) e a Controladoria-Geral da União (CGU), o rombo nos cofres da Previdência Social causado pelas organizações criminosas pode ser superior a R$ 6,3 bilhões.