Uma operação conjunta da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO/MS) colocou a empresária Jaqueline Maria Afonso Amaral no centro de um esquema de lavagem de dinheiro supostamente vinculado a uma facção criminosa de São Paulo. Casada atualmente com o cantor sertanejo Diego Barros, da dupla Henrique & Diego, Jaqueline foi apontada como o principal alvo da ação batizada de “Fruto Envenenado”, deflagrada pela Polícia Federal (PF) nesta quinta-feira (21/8), em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul.
Antes de sua atual união com o cantor, Jaqueline foi casada por duas décadas com Júlio César Guedes de Morais, conhecido como “Julinho Carambola”, condenado a mais de 160 anos de prisão e apontado como um dos braços direitos de Marcola, líder de uma facção criminosa de São Paulo. A relação passada com o criminoso e a movimentação financeira suspeita fizeram com que a PF a incluísse na investigação, mesmo que ela tenha se afastado dele há anos.
Veja as fotosAbrir em tela cheia Jaqueline Amaral e o esposo, Diego Barros, da dupla com HenriqueReprodução: Instagram/@jack_amaral O casal no casamento de Jakelyne e Mariano, da dupla com MunhozReprodução: Instagram/@jack_amaral Jaqueline Amaral é apontada em investigação da PF, acusada de lavagem de dinheiro ligado à facção criminosaReprodução: Instagram/@jack_amaral Jaqueline Amaral e o esposo, Diego Barros, da dupla com HenriqueReprodução: Instagram/@jack_amaral Jaqueline Amaral e o esposo, Diego Barros, da dupla com HenriqueReprodução: Instagram/@jack_amaral
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Nas redes sociais, Jaqueline costuma compartilhar registros ao lado de Diego e da filha do casal, Helena, de 3 anos. Ela se define como empresária e tem perfil discreto, com poucos seguidores. A dupla sertaneja que integra é conhecida por sucessos como “Suíte 14” e “Malbec”. Além disso, Jaqueline trabalha no ramo de artistas do sertanejo.
Em nota oficial, a defesa de Jaqueline declarou que ela “mantém atividade empresarial lícita e regular” e que recebeu com surpresa a ação policial. A nota ainda afirma que Jaqueline colaborou com os investigadores, entregando o celular com a senha de acesso, e que não há elementos ilícitos nas atividades dela.
As autoridades suspeitam que, entre 2018 e 2022, a empresária tenha movimentado cerca de R$ 3 milhões em valores ligados à facção criminosa. Para esconder a origem ilícita do dinheiro, ela teria usado contas bancárias de familiares e amigos, além de manter um padrão de vida luxuoso. Durante a operação, veículos de alto padrão, celulares e outros bens foram apreendidos.
A operação foi conduzida em conjunto pela Polícia Federal, Polícia Militar, Polícia Penal Estadual e a Secretaria Nacional de Políticas Penais. Até o momento, Jaqueline não foi presa, mas permanece sob investigação. A Justiça também determinou o bloqueio de R$ 2,7 milhões em bens.
Leia a nota da defesa de Jaqueline na íntegra:
“A sra. JAQUELINE MARIA AFONSO AMARAL esclarece que recebeu com surpresa diligência de busca e apreensão na sua residência, sob pretexto de investigação de supostas relações com integrantes de organização criminosa, de vez que se separou e se afastou de seu ex-companheiro há vários anos, tendo constituído outro núcleo familiar. Além disso, a sra. JAQUELINE MARIA AFONSO AMARAL mantém atividade empresarial lícita e regular, não tendo nada a esconder de autoridades, colocando-se à disposição para prestar os esclarecimentos necessários. Neste sentido, inclusive, entregou seu telefone celular, fornecendo senha de acesso, considerando que nada há de ilícito no seu conteúdo, em atitude plenamente colaborativa. A defesa técnica, assim que tiver acesso ao processo, poderá esclarecer com mais propriedade as circunstâncias que levaram ao equívoco de tornar a sra. JAQUELINE MARIA AFONSO AMARAL alvo da referida operação”.