O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) solicitou ao presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), para exercer o mandato no Estados Unidos. O terceiro filho de Jair Bolsonaro reside no país norte-americano desde fevereiro. Ele alega ser vítima de perseguição política e jurídica por parte do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
O pedido foi formalizado por meio de um ofício, enviado nesta quinta-feira (28/8), e compartilhado pelo próprio nas redes sociais. Ele solicitou a criação de medidas para exercer as atividades à distância. O político argumentou que mecanismos similares já foram utilizados em outras ocasiões, como durante a quarentena provocada pela pandemia de covid-19.
Veja as fotosAbrir em tela cheia Internet Reprodução Internet Reprodução Eduardo Bolsonaro – Internet Reprodução Eduardo Bolsonaro e o pai, Jair BolsonaroFoto: Pozzebom/Agência Brasil Eduardo Bolsonaro em live realizada neste domingo (20/7)Reprodução: YouTube/Eduardo Bolsonaro Trump e Eduardo BolsonaroReprodução: Redes Sociais
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“Durante o período de Carnaval, viajei aos EUA levando apenas uma pequena mala, em caráter predominantemente privado. Ainda no curso dessa viagem, surgiram notícias de que minha atuação internacional estava incomodando a ponto de se cogitar a cassação de meu passaporte e a imposição de outras medidas restritivas. Certo de que não poderia correr o risco de interromper esforços diplomáticos tão relevantes, decidi permanecer em território norte-americano em licença não remunerada, direito assegurado a qualquer parlamentar”, explicou.
Eduardo afirmou que segue exercendo a função em agendas no país por meio da “diplomacia parlamentar”, e que não irá renunciar ao mandato: “Essa decisão se mostrou acertada, pois em 20 de agosto a imprensa noticiou meu indevido indiciamento, justamente em razão da atividade parlamentar legítima que exerço no exterior”, diz um trecho do documento.
Quando deixou o Brasil, o filho do ex-presidente pediu licença temporária de 120 dias do cargo. O prazo para o retorno venceu em 20 de julho e não pode ser prorrogado. De acordo com o regimento interno da Câmara, um deputado perde o mandato se faltar a mais de um terço das sessões em um ano.
Na semana anterior ao fim do prazo, Bolsonaro chegou a falar sobre a possibilidade de ser destituído: “Se for o caso de perder o mandato, vou perder o mandato e continuar aqui. O trabalho que estou fazendo aqui é mais importante do que o trabalho que eu poderia fazer no Brasil”, disse, ao jornal “O Estado de S. Paulo”.
À imprensa, o presidente da Câmara negou a possibilidade em algumas oportunidades ao longo dos últimos meses.