O cirurgião Eduardo Passamai, de 49 anos, precisou ficar três meses internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) após uma bactéria entrar por um ferimento em sua boca e causar lesões no cérebro e no coração. O portal LeoDias entrevistou especialistas pontuaram a gravidade do caso e alertaram sobre os cuidados com a saúde bucal. Confira!
A dentista Ilana Marques explicou que infecções dentárias, quando não diagnosticadas e tratadas de forma adequada, podem evoluir para complicações graves, atingindo inclusive órgãos vitais: “As bactérias presentes em um dente contaminado podem atravessar a raiz e alcançar a corrente sanguínea. Além disso, quando há inflamação gengival, a gengiva se torna outra via de entrada para esses microrganismos. Uma vez na circulação, eles podem provocar septicemia e se alojar em órgãos como cérebro e coração, causando quadros severos como abscessos cerebrais e endocardite”, esclareceu.
Veja as fotosAbrir em tela cheia Médico passa três meses na UTIFoto: Reprodução/TV Gazeta Mulher mostrando a bocaReprodução uniodontominas.com.br Médico passa três meses na UTIFoto: Reprodução/TV Gazeta Médico passa três meses na UTIFoto: Reprodução/TV Gazeta Mau hálitoReprodução/Internet
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Segundo a especialista, os riscos associados a uma infecção dentária incluem abscessos dolorosos, comprometimento da respiração devido ao inchaço, disseminação para face e pescoço, além das infecções crônicas assintomáticas que frequentemente passam despercebidas. Em situações extremas, podem resultar em complicações potencialmente fatais
Já o cirurgião dentista Anderson Bernal orientou como prevenir esse tipo de infecção: “Boa higiene bucal diária com escovação correta 3x ao dia juntamente com uso do fio dental, consultas regulares ao dentista (a cada 6 meses), tratamento imediato de cáries, gengivites e canais e evitar automedicação com antibióticos, que só mascara sintomas”, declarou.
O profissional de saúde destacou que a infecção causada por obturação pode ter possíveis algumas hipóteses:
Cárie residual: parte da lesão não foi totalmente removida e a bactéria ficou ativa sob a restauração.
Infiltração: falha de adaptação do material restaurador permitiu a entrada de bactérias novamente.
Necrose pulpar: a cárie já estava profunda e o nervo inflamou/morreu após a obturação.
Restauração mal vedada ou fraturada: pequenas falhas estruturais permitem contaminação.
Além disso, Anderson Bernal contou como o paciente deve tratar a saúde bucal de forma correta para evitar riscos:
Manutenção preventiva: não esperar o dente doer para procurar o dentista.
Controle alimentar: reduzir açúcar, que alimenta bactérias.
Tratamentos definitivos bem realizados: obturações e canais feitos com isolamento e selamento corretos.
Revisões periódicas: verificar se restaurações estão íntegras, evitando infiltrações silenciosas.
Estilo de vida saudável: sono, alimentação, hidratação e fortalecimento da imunidade.