O sucesso de “Vale Tudo” não mexeu apenas com o público, mas também com a cúpula da Globo. A ordem na emissora é clara: segurar os atores que mais se destacaram na trama por pelo menos três anos. A lógica é simples — se a Globo investiu pesado nesse elenco e viu esses nomes explodirem em popularidade, não vai entregar de bandeja esse capital para concorrentes como Netflix, HBO Max ou Prime Video.
O raciocínio é direto: a novela transformou em ouro nomes que já eram conhecidos e deu projeção ainda maior para rostos da nova geração. Débora Bloch, Cauã Reymond, Paolla Oliveira e Taís Araújo ganharam fôlego renovado e voltaram ao topo das conversas do público. Já Renato Góes e Bella Campos se tornaram apostas certeiras da Globo, vistos como talentos capazes de render frutos por muito tempo.
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Nos bastidores, a comparação é inevitável: a emissora quer “sugar até o bagaço da laranja”. Ou seja, quem brilhou em “Vale Tudo” não terá tempo de respirar — deve emendar novos projetos em novelas, séries ou produções do Globoplay. Melhor saturar a imagem dentro de casa do que ver a concorrência transformá-los em estrelas globais (no sentido literal) com contratos milionários.
Essa não é uma prática nova. Sempre que uma novela vira fenômeno, a Globo move rapidamente suas peças para não perder o controle do tabuleiro. Agora, com o streaming rondando e os contratos mais curtos em toda a indústria, a estratégia é mais agressiva: blindar seus talentos e colocá-los para trabalhar sem folga, aproveitando cada gota da popularidade conquistada.
Em resumo: se o público se encantou com o elenco de “Vale Tudo”, pode se preparar. Esses rostos não vão sumir tão cedo da tela da Globo — e esse é justamente o plano.