Israel diz que jornalista morto em Gaza era terrorista ligado ao Hamas

Israel diz que jornalista morto em Gaza era terrorista ligado ao Hamas

As Forças de Defesa de Israel (IDF) confirmaram, em comunicado, neste domingo (10/8), a morte do jornalista da Al Jazeera, Anas Al-Sharif, de 28 anos, em Gaza. O exército israelense alega ter documentos que confirmam que ele era “chefe de uma célula terrorista da organização terrorista Hamas e era responsável por lançar ataques com foguetes contra civis israelenses e tropas israelenses”.

Os arquivos, segundo Israel, são “provas inequívocas” de que ele servia ao Hamas na Faixa de Gaza, e “incluem listas de pessoal, listas de cursos de treinamento terrorista, listas telefônicas e comprovantes de salário”. Os documentos também comprovariam a integração dele à rede Al Jazeera do Catar.

Além de Anas, outros quatro profissionais da rede Al Jazeera morreram em decorrência dos ataques de Israel. São eles: o correspondente Mohammed Qreiqeh e os cinegrafistas Ibrahim Zaher, Mohammed Noufal e Moamen Aliwa.

Israel afirma que, antes do ataque, “medidas foram tomadas para mitigar os danos a civis, incluindo o uso de munição de precisão, vigilância aérea e inteligência adicional”.

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Carta antes de morrer

Anas Al-Sharif deixou uma carta escrita em 6 de abril para ser publicada nas redes sociais, caso ele morresse. No texto, ele lamenta deixar a família e afirma que “viveu a dor em todos os seus detalhes”, experimentando-a repetidamente.

“Apesar disso, nunca hesitei em transmitir a verdade como ela é, sem distorção ou deturpação, esperando que Deus testemunhasse aqueles que permaneceram em silêncio, aqueles que aceitaram nossa matança e aqueles que sufocaram nossas próprias respirações”, disse ele.

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