Itamaraty rebate ministro de Israel que disse que Lula é antissemita: “Grosserias”

Itamaraty rebate ministro de Israel que disse que Lula é antissemita: “Grosserias”

O Ministério das Relações Exteriores do Brasil emitiu, nesta terça-feira (26/8), uma nota oficial rebatendo duramente declarações do ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, que acusou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva de ser “antissemita declarado e apoiador do Hamas” e divulgou uma imagem gerada por inteligência artificial mostrando Lula como marionete do líder supremo do Irã, Ali Khamenei. O Itamaraty classificou as afirmações como “mentiras, ofensas e grosserias inaceitáveis”.

A publicação de Katz foi feita na manhã desta terça-feira (26/8) e, além de criticar Lula, relembrou que já declarou o presidente do Brasil persona non grata em Israel na época em que Lula teria desrespeitado a memória do Holocausto, o genocídio em massa de cerca de seis milhões de judeus na Segunda Guerra Mundial. A situação citada aconteceu em fevereiro de 2024, durante uma coletiva de imprensa em Adis Abeba, Etiópia, onde Lula comparou as ações militares de Israel na Faixa de Gaza ao Holocausto. Ele disse: “O que está acontecendo na Faixa de Gaza com o povo palestino não existiu em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu quando Hitler resolveu matar os judeus”.

Veja as fotosAbrir em tela cheia Ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, em publicação acusando Lula de antissemitismoReprodução: X/@Israel_katz Lula apresenta novo slogan do governo em reunião com ministrosReprodução: Agência Brasil Presidente do Irã diz que Israel tentou matá-loReprodução: Internet Bombardeio em GazaFoto: Mohammed Saber/EFE/EPA Algumas das últimas fotos que Fatma tirou, em Gaza, quando palestinos caminhavam no local retornando a eleFoto: Instagram/@fatma_hassona2

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“Como Ministro da Defesa de Israel, afirmo: saberemos nos defender contra o eixo do mal do islamismo radical, mesmo sem a ajuda de Lula e seus aliados. Vergonha para o maravilhoso povo brasileiro e para os muitos amigos de Israel no Brasil que este seja o seu presidente. Dias melhores ainda virão para a relação entre nossos países”, escreveu Katz.

Em sua defesa, o Ministério destacou que a saída do Brasil da Aliança Internacional para a Memória do Holocausto (IHRA), em junho, não teve relação com antissemitismo, mas ocorreu após o governo se sentir manipulado pela organização. O assessor de assuntos internacionais do Planalto, Celso Amorim, afirmou que a decisão de não aprovar imediatamente a indicação do novo embaixador israelense se deu após a humilhação sofrida pelo embaixador brasileiro em Jerusalém.

O Itamaraty também cobrou responsabilidade de Israel pelos recentes ataques à Faixa de Gaza, incluindo o bombardeio ao hospital Nasser, que deixou pelo menos 20 mortos, entre pacientes, jornalistas e trabalhadores humanitários. “As operações militares israelenses em Gaza já resultaram na morte de 62.744 palestinos, dos quais um terço são mulheres e crianças, e em uma política de fome como arma de guerra imposta à população palestina”, apontou a nota.

A crise diplomática acontece em meio a discussões internas no PT sobre a possibilidade de cortar relações com Israel, incluindo a suspensão da venda de armas, diante de ofensivas contínuas que se estendem por quase dois anos.

Já o governo de Israel anunciou o “rebaixamento” das relações diplomáticas com o Brasil após a não aprovação do agrément do novo embaixador.

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