Um jogador que atua na Série B do Campeonato Brasileiro foi alvo de uma tentativa de aliciamento para manipulação de resultado, em abril deste ano. Ele recebeu uma proposta de R$ 30 mil para forçar um cartão amarelo durante um jogo da competição, mas recusou a oferta e denunciou o caso.
A tentativa partiu de um grupo especializado em fraudes esportivas. A abordagem foi feita inicialmente pelo Instagram, onde um suposto empresário com grande número de seguidores se apresentou como agente de marketing esportivo e ofereceu parceria comercial. A informação foi revelada pelo portal “UmDois Esportes”.
Veja as fotosAbrir em tela cheia Bruno Henrique e Lucas Paquetá são investigados por supostamente tomar cartão amarelo em benefício de apostadoresReprodução/Instagram: Lucas Paqueta e Bruno Henrique Lucas Paquetá chorou ao ser advertido com cartão amarelo / ReproduçãoLucas Paquetá chorou ao ser advertido com cartão amarelo / Reprodução Bruno Henrique foi indiciado por tomar amarelo contra o Santos em 2023 / ReproduçãoBruno Henrique foi indiciado por tomar amarelo contra o Santos em 2023 / Reprodução Relatório da PF apontou comportamento inadequado de Bruno Henrique durante jogo ao qual foi indiciado por tomar um cartão amarelo / ReproduçãoRelatório da PF apontou comportamento inadequado de Bruno Henrique durante jogo ao qual foi indiciado por tomar um cartão amarelo / Reprodução
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Por questões de segurança, a identidade do atleta e o nome do clube em que atua estão sendo mantidos em sigilo. O jogador relatou o ocorrido à diretoria do clube, que registrou um boletim de ocorrência e notificou a Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
Como age a quadrilha
O primeiro contato é feito por meio de mensagens no Instagram. O criminoso afirma trabalhar com captação de patrocínios para atletas e diz que o nome do jogador teria surgido em uma empresa de marketing esportivo.
Com mais de 100 mil seguidores, o perfil do criminoso exibe fotos em diversos países e ao lado de figuras conhecidas do esporte, o que dá uma aparência de legitimidade à abordagem. Após o primeiro contato, a conversa migra para o WhatsApp.
O jogador então é apresentado à empresa fictícia, por outro integrante, que possui até um site oficial com o slogan, “Conectamos marcas de prestígio às personalidades mais influentes do Brasil”. A promessa é criar uma apresentação profissional do atleta para atrair patrocinadores.
Ao longo da conversa, é feita a proposta para que ele leve um cartão amarelo em campo, mediante o pagamento de R$ 15 mil adiantados e outros R$ 15 mil após o cumprimento da ação.
A recusa do jogador e a denúncia do caso reforçam o alerta para tentativas de manipulação no futebol brasileiro e o papel fundamental de atletas e clubes na preservação da integridade esportiva.
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