Justiça mantém preso acusado de auxiliar execução de médicos no Rio

Justiça mantém preso acusado de auxiliar execução de médicos no Rio

O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro negou o pedido de liberdade feito pela defesa de Giovanni Oliveira Vieira, um dos acusados de envolvimento no assassinato de três médicos paulistas em um quiosque da Barra da Tijuca, em outubro de 2023. A decisão foi assinada pelo juiz Renan de Freitas Ongaratto, da 2ª Vara Criminal da capital, e manteve a prisão preventiva do réu, que segue foragido.

Segundo a denúncia do Ministério Público, Giovanni atuou como o “batedor” da quadrilha, acompanhando de moto o trajeto dos executores e monitorando a presença de viaturas policiais para garantir que os comparsas não fossem interceptados durante a ação criminosa.

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Para o magistrado, o fato de o acusado não ter se apresentado à Justiça, mesmo ciente do mandado de prisão expedido contra ele, reforça a necessidade de manter a prisão cautelar.

O acusado, mesmo sabendo do mandado de prisão expedido em seu desfavor e da existência deste processo, deliberadamente, mantém-se foragido”, escreveu o juiz.

A defesa de Giovanni solicitou a rejeição da denúncia por falta de justa causa e solicitou a revogação da prisão preventiva, mas ambos os pedidos foram negados. O juiz reafirmou que há indícios suficientes de participação dele no crime e considerou prematura a análise mais profunda das teses defensivas, já que a fase de instrução ainda não começou.

Na mesma decisão, o magistrado confirmou a audiência marcada para 8 de setembro, às 16h.

Relembre o caso

Os médicos Marcos de Andrade Corsato, 62 anos, Perseu Ribeiro Almeida, 33, Diego Ralf de Souza Bomfim, 35, e Daniel Sonnewend Proença, 32, estavam em um quiosque à beira-mar, em frente ao hotel onde participariam de um congresso de ortopedia, quando foram alvos de tiros por traficantes ligados ao Comando Vermelho.

O grupo teria confundido Perseu com um chefe de milícia de Rio das Pedras. Três médicos morreram — dois no local e um após ser socorrido. Somente Daniel sobreviveu. Ele foi levado com vida para um hospital após levar 14 tiros.

No dia seguinte, quatro suspeitos de participarem da execução foram encontrados mortos dentro de dois carros na zona oeste da capital. As mortes foram atribuídas a uma queima de arquivo ordenada pela cúpula da facção.

Réus do processo

Além de Giovanni,  são réus Francisco Glauber Costa de Oliveira, o “GL” (único preso, em Bangu 3), Edgar Alves de Andrade, o “Doca”, Carlos da Costa Neves, o “Gadernal”, e Juan Breno Malta Ramos Rodrigues, o “BMW”. Todos estão foragidos, com exceção de “GL”.

A investigação aponta que o crime foi motivado por um erro de identificação no alvo.

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