O ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, disse, nesta quarta-feira (20/8), que teme ver a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS se transformar em um “palco de disputas de narrativas” e ser prejudicada por isso. No entanto, Queiroz é confiante e acredita que os senadores e deputados integrantes da comissão irão desempenhar bom trabalho durante as investigações.
“Eu sempre tive preocupação com a CPI para que ela não se transformasse em um palco de disputa de narrativas, em que a verdade fosse prejudicada. Essa foi a minha preocupação. Quando fui ao Senado, fazia cinco, seis dias que assumi o cargo de ministro, e eu apontei essa preocupação nossa de ter um cenário que fosse manchado por essa briga de narrativas. Continua sendo a minha preocupação, mas acredito muito que o conjunto dos membros, senadores e deputados, sabem que têm questões centrais para serem esclarecidas”, disse.
Veja as fotosAbrir em tela cheia Wolney Queiroz, ministro da PrevidênciaReprodução: Agência Brasil Wolney Queiroz, ministro da PrevidênciaReprodução/TV Senado Wolney Queiroz, ministro da PrevidênciaReprodução: TV Câmara Wolney Queroz – Internet Reprodução
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A fala de Wolney Queiroz foi logo após o governo sofrer derrota na instalação da CPMI. Os dois parlamentares indicados pelos presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), para serem presidente e relator da comissão, foram derrotados em eleição. O senador Carlos Viana (Podemos-MG) será o presidente da CPMI e o deputado Alfredo Gaspar (União-AL), o relator. Os dois fazem parte da base de apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
A CPMI do INSS deve focar em informações colhidas pela operação da Polícia Federal (PF), e da Controladoria-Geral da União (CGU), que revelaram o esquema de desvios de dinheiro nos benefícios dos aposentados e pensionistas do INSS.
Os órgãos apontaram que associações e entidades desviaram dinheiro de beneficiários da Previdência a partir de cobranças mensais não autorizadas, os chamados descontos associativos.
Segundo a PF e a CGU, o rombo nos cofres da Previdência Social causado pelas organizações pode ser superior a R$ 6,3 bilhões.