A atriz baiana Monique Hortolani, nome mais conhecido no teatro e no cinema, será uma das atrações da comédia de ação “CIC – Central de Inteligência Cearense”, longa estrelado por Edmilson Filho, com roteiro de Márcio Wilson e direção de Halder Gomes, que tem estreia marcada para o próximo dia 28.
Ela faz a agente especial Divina, o cérebro por trás da C.I.C. e apoio importante para o herói Wanderley (Edmilson), codinome Agente Karkará. Apesar de ser a figura inteligente do filme, como preparação, a atriz também mergulhou no universo das artes marciais. Monique fala à coluna sobre esse lançamento:
Como foi participar desse projeto que mistura ação e humor.
MH – ‘CIC – Central de Inteligência Cearense’ pega esse universo da espionagem, dá um tempero bem brasileiro e transforma o Ceará no cenário perfeito para um herói de ação. É divertido, tem muita ação… É aquele filme que te pega do início ao fim e, quando acaba, você já quer ver de novo (risos). Fazer a Divina foi um presente! O diretor Halder Gomes é simplesmente genial, tem um jeito único de filmar, com um jogo de câmera que faz o ator ficar 100% presente… Mesmo a minha personagem não lutando no filme, comecei a estudar artes marciais na preparação como treino físico e também para entrar de vez nesse universo dos agentes secretos. Aí pronto: viciei! Já são dois anos treinando e não pretendo parar (risos).
Quais suas expectativas para a estreia?
MH – Estou ansiosa! (risos) A Divina é pura energia, com aquele cabelo azul vibrante que é impossível não notar. Acho que ela tem tudo para conquistar as crianças, mas também os adultos, porque vai muito além da aparência. O fato de ter como parceira a Mazé, uma inteligência artificial superdivertida, cria uma dupla improvável que eu acredito que vai arrancar risadas. A Divina é cheia de personalidade, superinteligente e adora implicar – no bom sentido, com o Agente Carcará (Edmilson Filho), mas ao mesmo tempo cuida dele e do Chef Espírito Santo (Nill Marcondes) como se fossem família. Ela tenta “educar” a Mazé (Valéria Vitoriano), que é totalmente sem filtro e se diverte com cada pérola que a amiga IA solta. (Risos) Espero que o público receba essa personagem com o mesmo carinho que eu tive ao interpretá-la.
Como você vê o mercado do cinema nesse momento após grandes premiações terem consagrado produções nacionais?
MH – Olha, eu acho que a gente tá vivendo um momento muito especial pro cinema nacional. Essas grandes premiações mostraram pro Brasil e pro mundo, que as nossas histórias têm força, originalidade e qualidade técnica pra competir de igual pra igual com qualquer produção internacional e isso coloca o nosso cinema no mapa de um jeito muito bonito. Mas, ao mesmo tempo, eu vejo como um momento de responsabilidade. A gente precisa aproveitar essa visibilidade pra abrir portas, trazer mais diversidade de histórias e continuar formando público.
Você é baiana. Como percebe o mercado para atores nordestinos nesse momento?
MH – Olha, como baiana, eu vejo que a gente está num momento muito bacana pro mercado de atores nordestinos. Ainda tem muito caminho pela frente, claro, mas é visível que estamos ganhando mais espaço, mais visibilidade e mais respeito pelo nosso sotaque, pela nossa cultura e pelo nosso jeito único de contar histórias. Acho que o público está cada vez mais aberto a ver e ouvir personagens com diferentes sotaques do Brasil, e isso é muito especial… Muitas vezes, se você não se encaixa no imaginário que algumas pessoas ainda têm, sobre “como deve ser” um nordestino, pode ser mais difícil conquistar certos espaços. E é por isso que é tão importante reforçar que o Brasil é um país miscigenado, com uma diversidade enorme, e que não existe isso de “ter cara de tal lugar”.