Opinião: Globo faz pesquisa e analisa uma reinvenção necessária de Marcos Mion

Opinião: Globo faz pesquisa e analisa uma reinvenção necessária de Marcos Mion

“Cuidado, Mion! Falando como um adolescente e se vestindo mal! Vem o Rodrigo Faro aí e te passa a perna”. A provocação feita por Tatá Werneck na estreia da nova temporada do “Lady Night” na última segunda-feira (18) arrancou risadas da plateia, mas também escancarou um comentário que já circula nos bastidores e nas redes sociais: Marcos Mion, que chegou à Globo em clima de festa e unanimidade, hoje enfrenta um momento de imagem mais delicado.

Quando desembarcou na emissora em 2021, Mion foi recebido como grande estrela. Veio da Record para o Multishow, mas logo assumiu o “Caldeirão” — inicialmente de forma temporária — e conquistou o público a ponto de ser efetivado no programa. Sua energia vibrante, o entusiasmo constante e a narrativa pessoal marcada pela relação pública com o filho autista transformaram-no no “queridinho da TV brasileira”.

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Só que o brilho começou a perder força. O que antes era visto como autenticidade passou a soar para alguns como exagero. Críticas sobre um estilo “forçado” e “caricato” cresceram nas redes sociais, e até a forma como Mion lida com a exposição da própria vida virou alvo de debate. Episódios como a polêmica em torno de seu comentário sobre o humorista Léo Lins, que o obrigou a se retratar publicamente, ajudaram a desgastar a imagem construída de figura inatacável.

Atenta a esse movimento, a própria Globo encomendou pesquisas para medir como o apresentador é percebido. O resultado mostrou um dado curioso: 90% do público ainda defende sua permanência no “Caldeirão”, mas há uma parcela crescente que o considera exagerado, emocional em excesso e pouco natural. Como resposta, a emissora tem renovado quadros, apostado em externas e atualizado o visual do programa para tentar manter a relevância e a audiência.

Hoje, Marcos Mion continua sendo um dos principais rostos do entretenimento da Globo, mas já não é mais unanimidade. O comentário de Tatá Werneck, em tom de piada, acaba ecoando uma percepção real: Mion segue relevante, mas precisa provar, a cada programa, que pode se reinventar para não ver sua estrela perder brilho.

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