A Prefeitura de São Paulo rescindiu o termo de cooperação firmado com a Sociedade de Veteranos de 32 – MMDC para a manutenção e revitalização do Mirante 9 de Julho.
A decisão foi tomada na última quarta-feira (13/8) e, segundo o município, se deu pelo não cumprimento de obrigações acordadas pela organização.
O termo de cooperação foi assinado em dezembro de 2023, com validade de 36 meses. Além da administração do espaço, a entidade era responsável por serviços como jardinagem, zeladoria, varrição e segurança. Outras obrigações previstas eram a instalação da sede administrativa e do Museu da História da Revolução Constitucionalista de 1932.
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A Subprefeitura da Sé, responsável pela região, informou que, em maio deste ano, a entidade foi notificada para adotar as “medidas cabíveis para a viabilização dos compromissos acordados no termo de cooperação”, com prazo de 120 dias. “No entanto, não houve formalização de ações ou pedidos de prorrogação”, informou a subprefeitura.
Diante desse cenário, o município optou por encerrar o termo. Um novo chamamento público deve ser feito para a administração do espaço.
Ainda segundo a prefeitura, o futuro Museu da História da Revolução Constitucionalista de 1932 será realocado para outro endereço, que será definido entre a Sociedade de Veteranos de 32 e a administração regional.
O Metrópoles entrou em contato com Sociedade de Veteranos de 32. O espaço segue aberto para manifestação.
Mirante 9 de Julho
- Localizado na rua Carlos Comenale, o mirante fica próximo ao Masp, na avenida Paulista, na região central da cidade.
- Antes ocupado por um restaurante e café, o local passou a ser gerido pela Sociedade de Veteranos de 32 em dezembro de 2023. A previsão era de que fossem investidos R$ 72 mil em três anos.
- Além da manutenção do espaço, foi prometido à época a construção de um museu em memória da chamada Revolução Constitucionalista, conflito ocorrido entre forças paulistas e o então governo de Getúlio Vargas.
- “Entendemos a carga emocional e simbólica que permeia essa cooperação, estreitando laços entre a cidade, sua história e seus habitantes. É uma iniciativa que vai além da mera manutenção de um espaço físico; é um ato de preservação da identidade paulista e uma forma de honrar aqueles que contribuíram para a construção do Brasil que conhecemos hoje”, afirmou à época o então subprefeito da Sé, Alvaro Camilo.
- A iniciativa também contou com o apoio do então vereador coronel Marcelo Salles, atual mandatário da subprefeitura.