Quem gosta dos filmes do diretor e produtor cinematográfico Alfred Hitchcock com certeza já assistiu a um dos seus maiores feitos: “Psicose“. O filme ganhou uma cena icônica: a da mulher que grita no banheiro ao ser surpreendida por seu assassino. A sequência ficou marcada também pela trilha sonora, com a faixa “The Murder”, de Bernard Herrmann, que se encaixou perfeitamente no clima de suspense e terror. A composição entrou para a história do cinema, tornando-se uma das mais reconhecidas do gênero.
A trilha carrega consigo uma sonoridade forte de violino e cordas, atmosfera de tensão e suspense para a cena em que a personagem Marion Grane (Janet Leigh) é atacada com uma faca por trás da cortina do chuveiro do motel em que estava hospedada. O som agudo das cordas, e a simulação de um grito, traz uma nova dimensão para a cena, fazendo com que o público fique imerso no filme e sinta parte da apreensão com o momento de pavor.
Veja as fotosAbrir em tela cheia Personagem Marion Grane (Janet Leigh)Divulgação Anthony Perkins e Janet LeighDivulgação Anthony PerkinsDivulgação Anthony Perkins e Janet LeighDivulgação
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O responsável pela The Murder ficou conhecido como um dos melhores compositores para trilhas sonoras do cinema, ao lado do amigo Hitchcock. “Cada nota que Herrmann tocava tinha um significado”, afirma o livro sobre os músicos.
Psicose foi o longa-metragem que trouxe mais prazer para o diretor, pois foi um de seus trabalhos mais baratos- custo de US$ 800 mil- e o responsável por transformar sua carreira no ramo.
Psicose
O preto e branco foi lançado em 1960 e teve como roteirista Joseph Stefano e elenco Anthony Perkins, Janet Leigh e John Gavin. Janet que vive Marion Crane é secretária e rouba 40 mil dólares da imobiliária onde trabalha para se casar e começar uma nova vida longe da cidade em que mora.
Durante a fuga, ela enfrenta uma forte tempestade, erra o caminho e vai parar em um velho motel. Os quartos são administrados pelo atencioso Norman Bates (Anthony Perkins) que teme por sua mãe. A mulher passa a noite no local sem saber do perigo que corre. É Norman quem a mata no banheiro.
Norman sofre de dupla personalidade e uma hora é o jovem atencioso, outra, um psicopata. A mãe, na verdade, está morta na casa há poucos metros de onde ocupa o motel. O filme tem uma sequência até o quarto, lançado em 1990. Todos com o mesmo protagonista. Da história originou a série Motel Bates, vivida por Norman Bates (Freddie Highmore) e Norma Louise (Vera Farmiga).
Alfred Hitchcock
Hitchcock nasceu em agosto de 1899 em Londres, Inglaterra e morreu em abril de 1980, nos Estados Unidos, aos 80 anos. Com 20, começou sua carreira no cinema ao trabalhar como designer de inter-títulos no estúdio da Players-Lasky, em Londres. Lá aprendeu a roteirizar, editar e também direção de arte, e em 1922 se tornou assistente de direção.
Seu primeiro longa-metragem completo como diretor foi “The Pleasure Garden”, uma produção anglo-germânica de 1925, filmada em Munique. Meses depois, filmou “The Lodger”, marcada pela primeira aparição do diretor. Estas aparições inclusive se tornaram uma marca. Dirigiu “The Call of Youth” (1920), “The Great Day” (1920), “Appearances” (1921), “The Bonnie Brier Brush” (1921), “Dangerous Lies” (1921), “The Mystery Road” (1921), “The Princess of New York” (1921), “Love’s Boomerang” (1922), “The Man From Home” (1922), “Spanish Jade” (1922), “Tell Your Children” (1922) e “Three Live Ghosts” (1922). Chegou a ser indicado 5 vezes ao Oscar, mas nunca ganhou o prêmio por melhor direção.