O silêncio que tomou conta do Estádio Nilton Santos após a última cobrança do Vasco, convertida pelo estreante Robert Renan, não era apenas reflexo da eliminação da Copa do Brasil. Era também o eco de uma história incômoda: o Botafogo não vence uma disputa de pênaltis em sua casa desde 2015.
A agonia da espera pelo alívio se prolonga
A lembrança da última vitória remete a um clássico contra o Fluminense, na semifinal do Campeonato Carioca daquele ano. Depois de devolver o placar do primeiro jogo, vencido pelo rival por 2 a 1, o Botafogo levou a decisão para a marca da cal. Foram 22 cobranças até que os goleiros entraram na série. Diego Cavalieri errou, Renan marcou, e o Nilton Santos explodiu em festa. Desde então, o estádio não viu mais o time da casa triunfar em penalidades.
Veja as fotosAbrir em tela cheia Vitor Silva/Botafogo Jogadores de Vasco e Botafogo disputam a bola no meio campo / Reprodução Benítez, à época no Vasco, derruba o japonês Keisuke Honda / Reprodução
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Derrotas seguidas e o peso da estatística
Nos anos seguintes, vieram outras oportunidades. Entre 2018 e 2025, foram três derrotas no Nilton Santos: para o Bahia, nas oitavas da Sul-Americana, para o Athletico, na Copa do Brasil de 2023, e agora para o Vasco, nas quartas do torneio nacional. O peso da estatística é claro: em dez anos, nenhum triunfo nas penalidades diante da própria torcida.
Vitórias distantes
No total, desde a última vitória em casa, o Botafogo participou de nove disputas por pênaltis. Conquistou quatro vitórias: contra Olímpia, em 2017, no Defensores del Chaco; contra o Vasco, em 2018, no Maracanã; diante do Náutico, em 2020, nos Aflitos; e sobre o São Paulo, em 2024, no Morumbis. Mas também sofreu cinco derrotas: além das três no Nilton Santos, caiu para o ABC em Natal e para o Vasco na final da Taça Rio, em São Januário.
Roteiro cruel
A derrota mais recente veio com um roteiro doloroso. Alex Telles, que até então não havia perdido uma cobrança pelo clube, falhou logo na primeira. Depois, Marlon Freitas, Matheus Martins e Savarino mantiveram a esperança convertendo suas batidas. Do outro lado, todos os vascaínos marcaram, e Robert Renan, em sua estreia, confirmou a classificação do rival para a semifinal da Copa do Brasil.
Tabu e cicatrizes
O tabu permanece. Desde a noite em que Renan, o goleiro, bateu o pênalti decisivo contra o Fluminense, em 2015, o Botafogo não encontrou mais no Nilton Santos o alívio de transformar o drama da marca da cal em vitória. Uma década depois, o estádio segue guardando não festas, mas cicatrizes de eliminações.
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