A Polícia Civil interditou, nesta terça-feira (30/9), o bar Ministrão, localizado na Alameda Lorena, região dos Jardins, em São Paulo. O local foi associado ao caso da designer Radharani Domingos, que perdeu a visão após consumir vodca no estabelecimento. A ação contou com o apoio das vigilâncias sanitárias municipal e estadual, além do Procon, e faz parte de uma série de fiscalizações contra a venda de bebidas adulteradas com metanol.
Segundo o governo paulista, o bar representava risco imediato à saúde pública. Mais de 100 garrafas sem comprovação de procedência foram apreendidas no local.
Veja as fotosAbrir em tela cheia Bar foi interditado pelo poder público para investigação de suspeitas de intoxicação por metanol em bebidas alcoólicasFoto: Abraão Cruz/Globo Bar Ministrão está localizado no bairro Jardins, zona oeste da cidade de São PauloReprodução: Instagram/@ministraobar Bar Ministrão está localizado no bairro Jardins, zona oeste da cidade de São PauloReprodução: Instagram/@ministraobar Radharani Domingos foi uma das vítimas e está sem visão após ingerir bebida que estaria adulteradaReprodução: Internet Alerta devido à metanol em bebidas alcoólicasReprodução Instagram Sociedade Brasileira Lentes de Contato, Córnea e Refratometria e abrahao.com.br/ montagem
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Na mesma operação, outros três bares também foram interditados: um na Mooca, outro na Vila Mariana e um terceiro em São Bernardo do Campo, no ABC paulista.
O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) anunciou que todos os estabelecimentos envolvidos em suspeitas serão fechados cautelarmente até que a origem das bebidas seja rastreada.
De acordo com a Vigilância Sanitária, o objetivo das interdições é mapear os fornecedores e verificar se houve negligência ou má-fé por parte dos comerciantes. A recomendação é que consumidores só comprem bebidas com lacres de segurança, rótulo fiscal e procedência comprovada.
O caso de Radharani chamou atenção pela gravidade. Após beber três caipirinhas com vodca em uma comemoração, ela apresentou convulsões, precisou ser entubada e, mesmo após tratamento, segue sem visão.
Até o momento, o estado contabiliza 22 casos suspeitos de intoxicação, sendo 17 ainda em investigação. Entre as cinco vítimas fatais confirmadas pelo governador Tarcísio de Freitas está o advogado Marcelo Lombardi, que morreu em decorrência de falência múltipla de órgãos após ingerir bebida contaminada.