Com 4 dedos em cada mão, britânica do Aberto de SP transforma condição genética em desempenho

Com 4 dedos em cada mão, britânica do Aberto de SP transforma condição genética em desempenho

Francesca Jones carrega nas mãos uma história que vai além do tênis. A britânica nasceu com uma condição genética rara, a displasia ectodérmica, que fez com que tivesse apenas quatro dedos em cada mão. Isso, para muitos, poderia ser impeditivo para o esporte. No entanto, transformou o desafio em combustível para chegar ao circuito profissional e inspirar outros atletas. Hoje, ela é uma das protagonistas do Aberto de São Paulo, onde enfrentará a argentina Solana Sierra após eliminar a brasileira Naná Silva.

O que é a displasia ectodérmica

Francesca convive desde que nasceu com a displasia ectodérmica, um conjunto de alterações genéticas que podem se manifestar de diferentes formas no corpo. A condição, que já foi descrita em mais de 180 variantes, afeta tecidos derivados do ectoderma, como pele, unhas, dentes, cabelos e glândulas de suor. Entre os sintomas comuns estão a queda ou ausência de dentes, cabelos frágeis, alterações nas unhas, dificuldade para controlar a temperatura do corpo devido à redução das glândulas sudoríparas e até problemas de visão e audição.

Veja as fotosAbrir em tela cheia Francesca JonesReprodução/SkySports Francesca JonesReprodução/Instagram @fran_jones_ Francesca JonesReprodução/Instagram @fran_jones_

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Os impactos no cotidiano
No caso da tenista, a condição fez com que ela tivesse apenas quatro dedos em cada mão e exigiu procedimentos médicos para garantir melhor mobilidade dos pés, fundamentais para o esporte. Apesar disso, Francesca conseguiu adaptar sua prática ao longo dos anos e transformar restrições físicas em disciplina e foco competitivo.

Superação no esporte
A própria atleta reconhece que as limitações moldaram sua mentalidade dentro e fora das quadras. “A razão pela qual comecei a me comprometer como profissional e a querer conquistar grandes coisas no tênis é porque eu quero que as pessoas, com sorte, tirem pontos positivos do que consegui fazer até agora e se inspirem. Seria ótimo ter esse impacto positivo sobre as crianças mais novas e pessoas que estão em posições semelhantes às minhas”, afirmou em entrevista ao jornal The Guardian.

Desafios enfrentados
O diagnóstico, para muitos, representaria um obstáculo definitivo. Francesca ouviu de especialistas que não teria condições de seguir no tênis por conta das limitações físicas. Ela, no entanto, se recusou a aceitar esse prognóstico.

“Consultei alguns médicos que me disseram que eu não poderia jogar tênis por causa de minha condição. Então decidi que iria provar que eles estavam errados”, contou ao portal da Federação Internacional de Tênis (ITF).

Perspectiva de futuro
Embora a displasia ectodérmica ainda não tenha tratamento definitivo, acompanhamento médico especializado e avanços científicos em genética oferecem alternativas para melhorar a qualidade de vida de quem nasce com a condição. No caso de Francesca, a superação se traduz não apenas em resultados dentro de quadra, mas também na mensagem que transmite.

“Tenho grandes objetivos a alcançar e quero mudar a perspectiva das pessoas. Às vezes você tem a simpatia das pessoas, só que também há o ódio. Mas eu nunca me preocupei muito com o que as pessoas pensam de mim, pois não acho que minha condição defina quem eu vou ser”, declarou.

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Categories: ENTRETENIMENTO
Tags: ESPORTESFrancesca JonesSAÚDESP Opentênis