Exame sem alterações, mas goleiro do Santos segue como dúvida: entenda o caso Brazão

Exame sem alterações, mas goleiro do Santos segue como dúvida: entenda o caso Brazão

O goleiro Gabriel Brazão, do Santos, é dúvida para clássico contra o São Paulo, neste domingo (21/9). O motivo da ausência foi a pancada que levou na cabeça durante partida contra o Atlético-MG, no último domingo (14/9), na Arena MRV, em Belo Horizonte. O arqueiro até tentou ficar em campo, mas foi substituído minutos depois e deixou o gramado de ambulância.

A imagem do inchaço na região da testa logo viralizou nas redes sociais e preocupou internautas. Nas horas posteriores à lesão, o clube informou que o atleta passou por uma tomografia, que não detectou alterações. Ainda assim, ele não está garantido próxima rodada. Isso por conta do protocolo de concussão, acionado pela comissão técnica ainda durante o duelo.

Veja as fotosAbrir em tela cheia Gabriel Brazão, goleiro do Santos, ficou com “galo” na cabeça durante jogo contra Atlético-MG e foi obrigado a ser levado de ambulância / Reprodução: Premiere Gabriel Brazão, goleiro do Santos, ficou com “galo” na cabeça durante jogo contra Atlético-MG e foi obrigado a ser levado de ambulância / Reprodução: Instagram @/gabrielbrazao1 Gabriel Brazão, goleiro do Santos, ficou com “galo” na cabeça durante jogo contra Atlético-MG e foi obrigado a ser levado de ambulância / Reprodução: Instagram @/gabrielbrazao1 Gabriel Brazão, goleiro do Santos, ficou com “galo” na cabeça durante jogo contra Atlético-MG e foi obrigado a ser levado de ambulância / Reprodução: Instagram @/gabrielbrazao1 @rafaelribeirorio l CBF

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Para entender a gravidade do caso, o portal LeoDias conversou com o médico neurocirurgião Raphael Bertani, especializado em doenças da coluna e do cérebro. O especialista defendia a introdução da regra há alguns anos: “Um impacto cerebral tem que ser tratado como algo a mais do que uma simples lesão na hora e que pode acarretar em danos significativos a longo prazo se ignorado”.

Entenda o protocolo de concussão
De acordo com as normas da International Football Association Board (IFAB), órgão que regulamenta as regras do futebol, quando o protocolo de concussão é acionado, o atleta em questão é substituído e não participa mais da partida. A equipe recebe uma substituição adicional, assim como o adversário.

Por outro lado, a medida, que entrou em vigor em 1º de julho de 2024, define que o atleta substituído deve seguir sendo avaliado, e não deve participar dos treinamentos por, no mínimo, cinco dias. É neste panorama que se enquadra o caso de Gabriel Brazão, do Santos, que só foi liberado para voltar a campo nesta sexta-feira (19/9). Com o período afastado, o goleiro virou dúvida para o clássico contra o São Paulo.

Bertani explica a importância da norma, ainda que ela pareça rígida para alguns torcedores: “O cérebro pode parecer recuperado, mas ainda está em fase de vulnerabilidade”. Por isso, neste período, o atleta deve manter repouso físico e até mesmo cognitivo, evitando esforço físico, videogames, telas em excesso, estudo intenso ou noites mal dormidas.

“Se o atleta voltar antes da hora, corre o risco da síndrome do segundo impacto, quando uma nova pancada em curto intervalo pode causar consequências gravíssimas, até fatais. Essa nova pancada deve ser evitada por pelo menos cinco semanas, a risca, devido às alterações metabólicas cerebrais em andamento. É por isso que respeitar o tempo mínimo é essencial, mesmo que o jogador se sinta bem”, explica o neurocirurgião.

A importância da conscientização sobre a concussão
O médico acredita que o primeiro passo é a conscientização, que deve abranger torcedores, atletas, dirigentes e demais profissionais envolvidos no esporte. É fundamental saber identificar sinais que indicam o problema. Alguns dos mais comuns são:

Perda de consciência;
Desequilíbrio ao se levantar;
Olhar vago;
Confusão mental;
Dificuldade de manter a atenção;
Piora na dor de cabeça que piora;
Náusea e vômito;
Sonolência excessiva;
Dificuldade de fala;
Crises convulsivas.

Uma concussão que não é bem avaliada pode não identificar problemas graves, como fraturas e sangramentos, além de até desenvolver casos cirúrgicos: “O mais preocupante é a repetição de impactos ao longo do tempo , que pode levar à encefalopatia traumática crônica — um quadro degenerativo que já foi descrito em atletas de esportes de contato como boxe, associado a demência precoce, sintomas parkinsonianos e perda progressiva de funções cognitivas”, explica o médico.

“É um risco silencioso que só aparece anos depois, mas começa no descuido imediato. O futebol é paixão nacional, mas não pode ser um ‘vale-tudo’ com o cérebro do atleta. Proteger o cérebro significa prolongar a carreira e preservar a qualidade de vida no futuro”, finaliza Raphael.

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