Flamengo impede na Justiça que Globo deposite R$ 77 milhões para clubes do Brasileirão

Flamengo impede na Justiça que Globo deposite R$ 77 milhões para clubes do Brasileirão

Uma guerra nos bastidores do Campeonato Brasileiro acaba de explodir: o Flamengo, por via judicial, impediu que a Globo depositasse R$ 77 milhões dos contratos de direitos de transmissão do Brasileirão oito dos nove times da Série A que compõem o bloco da Liga do Futebol Brasileiro (LIBRA). As informações são do jornalista Rodrigo Capelo, colunista do Estadão.

Entre os clubes mais prejudicados estão o São Paulo, que iria receber quase R$ 13,3 milhões, e o Palmeiras (R$ 12,3 milhões). Outros clubes como o Santos, Atlético-MG, Bahia, Red Bull Bragantino e Vitória também deixaram de receber valores da Globo. O único clube da LIBRA da série A que não seria prejudicado é o Grêmio, que já havia adiantado receitas que iriam ser pagas nesta quinta-feira (25/9).

Veja as fotosAbrir em tela cheia Tabela mostra o quanto os clubes deixaram de receber após decisão judicial favorável ao Flamengo / Reprodução: @Olhar_Olimpico no X (Twitter) BAP, novo presidente do Flamengo (Divulgação) BAP, em seu primeiro discurso como presidente do Flamengo (Reprodução) BAP, novo presidente do Flamengo, ao lado de seu vice, Flávio Willeman (Divulgação) BAP, novo presidente do Flamengo (Divulgação)

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O Flamengo entrou com um pedido na Justiça argumentando que não há clareza no contrato firmado entre a LIBRA e a Globo no que tange a porcentagem e quantificação dos direitos de TV relacionados à audiência.

O acordo firmado entre o bloco e a Globo estabelece que a receita do Campeonato Brasileiro seja repartida da seguinte forma: 40% igualmente entre todos os clubes da Série A, 30% de acordo com a classificação no campeonato e os outros 30% em função da audiência. A divergência do Flamengo está justamente na parte referente à fatia dos 30% ligados à audiência.

No estatuto social, a Libra define que 30% da receita seja distribuída de acordo com a audiência. Esse índice é medido pela participação de cada clube da Série A no total de audiência das transmissões, em TV ou streaming, ponderada pelo peso de cada plataforma na arrecadação.

O cálculo segue a fórmula apresentada: soma-se o número de pessoas que assistiram aos jogos do clube, como mandante e visitante, nos canais disponíveis, e esse valor é dividido pelo total de espectadores do campeonato naquele meio. Assim, cada equipe recebe a parcela proporcional ao seu desempenho de audiência. Esse modelo foi assinado pelo Flamengo em 2024, ainda sob a gestão de Rodolfo Landim.

Já o contrato firmado com a Globo não detalha quanto a emissora paga por cada modalidade de transmissão — aberta, fechada ou pay-per-view. Em vez disso, prevê o pagamento de R$ 1,17 bilhão por temporada pela aquisição integral dos direitos do Campeonato Brasileiro.

Na visão do Flamengo, o estatuto da Libra não garante detalhes suficientes para definir o repasse da fatia referente à audiência. O texto menciona que a distribuição deve considerar a “contribuição de tal plataforma às receitas de transmissão e streaming”, mas como o contrato não especifica o peso do pay-per-view, o clube entende que seria necessário um complemento, aprovado de forma unânime pelos associados.

A discussão começou em abril, em reuniões conduzidas com apoio do executivo Silvio Matos, contratado pela Libra para colaborar tanto nesse processo quanto na estruturação da liga. Na tentativa de resolver o impasse, Matos apresentou diferentes cenários de divisão do valor aos dirigentes. O Flamengo sinalizou estar disposto a aceitar uma solução “intermediária”, entre sua proposta e a posição da maioria, válida já a partir de 2025. Para defender sua ideia, a diretoria rubro-negra passou a dialogar diretamente com outros clubes.

A sugestão levada pelos cariocas foi atrelar a distribuição à base de assinantes do Premiere, serviço de pay-per-view da Globo. Nesse modelo, um clube com 20% dos cadastros ficaria com 20% do montante destinado à audiência em cada parcela repassada.

Em 26 de agosto, a Libra se reuniu para votar a proposta. Apenas o Volta Redonda apoiou o Flamengo, enquanto o Paysandu optou pela abstenção. Nenhum deles disputa atualmente a Série A. Os demais clubes rejeitaram o plano rubro-negro.

Se tivesse sido aprovada, a mudança garantiria ao Flamengo R$ 18.831.146 no pagamento previsto para 25 de setembro, em vez dos R$ 17.476.722 que efetivamente recebeu. A diferença seria de cerca de R$ 1,35 milhão já nesta parcela e permaneceria nos repasses seguintes, até o fim do contrato em 2029.

O clube estima que perdeu cerca de R$ 100 milhões por ano com o contrato assinado pela gestão de Rodolfo Landim.

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