Em Manoel Urbano, um grupo de servidores de uma escola municipal de ensino fundamental decidiu romper o silêncio e denunciar oficialmente a conduta da atual gestora. A comitiva entregou uma carta de denúncia ao prefeito Raimundo Toscano Veloso, ao vice-prefeito Alberto Ferreira (Careca), ao presidente da Câmara Municipal, Cleyton Nogueira, e à secretária de Educação, Maria Antônia.
No documento, os funcionários relatam um cenário grave de assédio moral, humilhações públicas, perseguições e práticas consideradas antiéticas, que estariam afetando não apenas o ambiente de trabalho, mas também o rendimento dos alunos.
Segundo os trabalhadores, a direção tem adotado postura de pressão e constrangimento constante, repreendendo servidores em qualquer espaço da escola, inclusive na frente de pais e estudantes, situação que tem causado episódios de vergonha e desmotivação. Em outros casos, os profissionais afirmam ter sido expostos em grupos de mensagens com acusações sem provas, sem direito a retratação mesmo quando equívocos foram esclarecidos.
Outro ponto considerado alarmante é a denúncia de que a gestora chegou a colocar pais, professores e alunos em reuniões fechadas, provocando discussões acaloradas que, em algumas ocasiões, quase terminaram em agressões físicas e verbais. Alguns desses conflitos, segundo o relato, chegaram a ser levados para a delegacia e a instâncias superiores, sempre deixando os servidores em situação de constrangimento.
Os denunciantes afirmam ainda que a gestora faz comentários sobre a vida pessoal e a forma de se vestir dos funcionários, desfaz decisões administrativas já tomadas e não mantém diálogo com a equipe, o que enfraquece a união dentro da instituição. Como resultado, o ambiente escolar estaria tomado por ameaças, intimidações e decisões autoritárias.
Além do impacto psicológico, com aumento de casos de depressão, desânimo e afastamentos médicos, os trabalhadores associam a má gestão pedagógica à queda do desempenho dos alunos. Muitos servidores, segundo a carta, já pediram transferência ou manifestaram vontade de deixar o cargo devido à pressão constante.
Diante da gravidade dos relatos, o grupo pede providências urgentes, incluindo abertura de investigação formal e medidas administrativas para conter o que chamam de “clima tóxico” instaurado na escola.
Um dos servidores que participou da entrega, mas preferiu não se identificar, relatou que o prefeito Toscano Veloso recebeu a denúncia e assegurou que tomará providências diante do caso.