Influenciador suspeito de desviar R$ 146 milhões volta a ser preso

Influenciador suspeito de desviar R$ 146 milhões volta a ser preso

O influenciador Gabriel Spalone, de 29 anos, investigado pela Polícia Civil de São Paulo, voltou a ser preso, na noite desse sábado (27/9), por suspeita de integrar um esquema que teria desviado R$ 146 milhões de um banco e empresas por meio de transferências via Pix. A informação foi confirmada pela defesa dele.

Spalone havia sido preso no Panamá na noite de sexta-feira (26/9). No entanto, o influenciador foi solto menos de 24 horas depois por não haver, naquele momento, ordem de prisão internacional contra ele.

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Gabriel Spalone

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Operação do Deic mira esquema de fraudes via Pix

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Gabriel Spalone

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Horas após a soltura, o nome dele foi incluído na Difusão Vermelha de procurados da Interpol. Assim, ele foi preso enquanto desembarcava no Aeroporto Internacional de Buenos Aires, na capital argentina.

Em nota, a defesa de Gabriel Spalone afirmou que forneceu “provas da sua inocência” para as autoridades e que pediu à Justiça brasileira a revogação da prisão temporária. “A defesa procederá com o pedido de exclusão de Spalone da Interpol diretamente em Lyon, na França; e também com denúncia na Corte Interamericana de Direitos Humanos, tudo visando com que Gabriel possa responder o processo em liberdade”, escreveu o advogado Eduardo Maurício.

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O Metrópoles entrou em contato com a Secretaria da Segurança Pública (SSP), mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem. O espaço segue aberto para atualizações.

Desvio de dinheiro

Spalone é dono da Dubai Cash e da Next Trading Dubai e acumula mais de 800 mil seguidores nas redes sociais. Ele estava foragido desde terça-feira (23/9), quando o Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) deflagrou a Operação Dubai. Dois suspeitos de integrar o grupo também foram presos.

Segundo o Deic, o golpe atingiu uma entidade bancária em fevereiro deste ano. Os suspeitos usaram a credencial de uma prestadora de serviço para desviar os valores. A operação cumpriu mandados de prisões e quatro de busca e apreensão na cidade de São Paulo.

A investigação constatou que o esquema utilizou 10 contas mantidas na entidade bancária para recebimento dos valores. Os golpistas utilizaram transferências via Pix. A equipe conseguiu identificar os responsáveis pela estrutura para o desvio e a utilização da credencial.

O esquema conseguiu transferir R$ 146.593.142,28. “Boa parte dos valores conseguiu ser estornada. Mesmo assim, ainda restou prejuízo efetivo. Os detidos respondem por furto mediante fraude e associação criminosa”, informou o Deic.

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