A influenciadora Sofia Santino deixou seus seguidores surpresos ao compartilhar uma experiência inesperada durante exames ginecológicos de rotina. Segundo ela, seu dispositivo intrauterino (DIU) simplesmente não foi encontrado em seu útero após duas ultrassonografias transvaginais. Para entender como isso é possível, o portal LeoDias conversou com o ginecologista e obstetra Dr. Alfonso Massaguer, que esclareceu os principais pontos sobre o assunto.
“O meu DIU sumiu!… Ontem eu fui pela segunda vez fazer uma ultrassom transvaginal, porque a primeira vez meu útero apareceu limpinho, sem o DIU, e pela segunda vez o DIU não foi encontrado. A moça que estava fazendo o meu exame disse que já viu DIU ‘viajando pelo corpo’, por isso a importância de fazer exames”, contou Sofia em suas redes sociais.
Veja as fotosAbrir em tela cheia Diu MirenaReprodução/Internet Reprodução/Internet Sofia SantinoFoto: Reprodução/Instagram
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A influenciadora detalhou ainda que não sentiu nenhum sintoma que indicasse que o dispositivo tivesse se deslocado. “Eu não senti ele saindo de mim e nossa senhora, se você não sentir o negócio saindo de você… A moça disse que já viu DIU perto do pulmão”, acrescentou.
Diante da situação, Sofia afirmou que ainda não sabe qual será o próximo passo: “Não sei se vou precisar fazer ressonância, raio X, eu não sei onde ele está, mas ele está no meu útero”.
Especialista explica
Para esclarecer como um DIU pode “desaparecer” do útero, o portal LeoDias ouviu o ginecologista e obstetra Dr. Alfonso Massaguer, que explicou que o deslocamento não é um fenômeno raro.
“Não é raro o DIU se deslocar, porque o útero é um órgão que contrai. Isso pode ocorrer durante a menstruação, que gera contrações. Por isso é fundamental que pacientes que usam o DIU consultem o ginecologista a cada seis meses. Um dos motivos de falha do DIU e da gravidez indesejada é justamente o deslocamento”, explica.
Segundo o médico, mulheres que usam o DIU para tratar doenças como sangramento intenso têm mais risco de deslocamento, assim como pacientes com alterações na cavidade uterina. “É claro que o útero, ele estando um DIU bem colocado dentro do útero, a chance decidiu se movimentar, ela é menor, é claro que sim, e também lembrar que algumas mulheres que colocam o DIU, elas colocam para tratar alguma doença, por exemplo, como o sangramento intenso, então essas mulheres vão ter obviamente uma chance de deslocar maior, se uma mulher também tem alguma alteração no útero, essa chance também aumenta, então por isso também que é importante checar a cavidade do útero antes de colocar o DIU, para ter certeza que aquele útero não tem alguma alteração, e mesmo sendo um útero normal e sendo bem colocado, o DIU também pode se movimentar”, completa.
De acordo com o especialista, o dispositivo não some do corpo. “O DIU não desaparece! Ou ele foi expelido, isso é, a mulher, às vezes, durante a menstruação nem viu que aquele DIU saiu. Então isso pode acontecer, isso é o DIU ser expelido e a mulher não reparar, porque é um dispositivo pequeno, pequeno que pode passar despercebido, isso pode acontecer. Como também esse DIU pode ir para cavidade abdominal, então ele tá em qualquer lugar da barriga daquela mulher, por isso que é muito importante você avaliar bem aquela mulher para ver se aquele DIU não foi para cavidade abdominal. Então fazer um ultrassom ou até uma ressonância de corpo inteiro ou uma tomografia de corpo inteiro que pode mostrar aonde esse DIU tá. Então sempre que um DIU desaparece, a gente tem que ter certeza que ele não tá na barriga daquela mulher”.
O médico explicou que há casos de que o DIU pode perfurar o útero e migrar para outras regiões do corpo.
“A perfuração do útero pode acontecer tanto na hora da colocação daquele DIU, por isso que é muito importante que após a colocação seja feito um ultrassom o quanto antes para checar a posição daquele DIU, isso é mandatório, e também pode acontecer depois também, o DIU está num lugar correto e depois ele perfurar o útero e ir para cavidade abdominal. E também fica mandatório esse controle de preferência a cada seis meses para ver se o DIU está num local correto. Então sempre ultrassom após a colocação, confirma a posição e depois a cada seis meses”, alerta.
O médico afirma que há relatos de DIUs expelidos junto ao fluxo menstrual ou até eliminados pelas fezes após migrarem para a cavidade abdominal. “Ele não desaparece nem é digerido pelo corpo. Ou está em alguma região da barriga, como próximo ao fígado ou diafragma, ou foi expelido sem que a paciente percebesse.”