O primeiro dia do julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a trama golpista que culminou nos ataques de 8 de janeiro foi marcado por um embate direto entre o Poder Judiciário e a desinformação, uma das principais ferramentas da narrativa bolsonarista.
O professor e cientista político Rodrigo Prando, em sua avaliação, além de mencionar o trabalho minucioso da Polícia Federal, destacou também a importância da atuação da ministra Cármen Lúcia ao desmascarar a tese infundada de que as urnas eletrônicas não seriam auditáveis.
A correção feita pela ministra a um dos advogados, ao esclarecer que o voto eletrônico já é auditável, foi apontada por Prando como um dos momentos mais significativos do julgamento.
“A intervenção de Cármen Lúcia não apenas corrigiu uma falácia, mas também serviu como uma resposta institucional à campanha de desinformação, construída ao longo dos quatro anos do governo de Jair Bolsonaro”, pontua o professor
Diante da tentativa de aliados e seguidores de Bolsonaro em forçar uma anistia, o tópico não tinha como deixar de ser abordado em debate. E veio o alerta: é uma ferramenta usada historicamente no Brasil, para “livrar a cara de golpistas”, ressaltou Prando.
E, para lembrar, Alexandre de Moraes já se manifestou publicamente contra a anistia para casos de golpe de Estado.
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