Médica explica por que esmalte com TPO oferece risco à saúde

Médica explica por que esmalte com TPO oferece risco à saúde

A esmaltação em gel, tão popular em salões de beleza por sua durabilidade e brilho, entrou recentemente no radar da saúde. De acordo com a dermatologista Cristina Salaro, nem todos os esmaltes em gel são iguais e alguns podem, sim, representar riscos importantes à saúde.

Leia também

O alerta se concentra em uma substância chamada TPO (Trimethylbenzoyl Diphenylphosphine Oxide), usada como fotoiniciador, ou seja, o componente que permite a cura do esmalte sob luz UV. Cristina explica que estudos classificaram o TPO como potencialmente cancerígeno e tóxico para a reprodução em experimentos com redores. Essa evidencia levou à sua proibição total na União Europeia, não só na fabricação, mas também na comercialização e uso profissional.

“No Brasil, ainda não há restrições à presença do TPO nos esmaltes””, afirma a médica. “Por isso, é essencial que tanto profissionais quanto consumidores estejam atentos à composição dos produtos.”

A partir de 1º de setembro de 2025, a União Europeia passou a proibir o uso do fotoiniciador TPO (Trimethylbenzoyl Diphenylphosphine Oxide) em esmaltes em gel usados em salões

Mas os ricos não param por aí. A médica destaca que outras substâncias presentes nesses esmaltes também merecem atenção, como o 2-hidroxietilmetacrilato, um tipo de metacrilato amplamente usado. “Ele pode provocar dermatite de contato em algumas pessoas e ela geralmente se manifesta como irritação nas pálpebras superiores”, alerta.

Além da exposição a ingredientes com potencial alergênico, o próprio processo físico da esmaltação em gel contribui para os danos. “Há desgaste mecânico, exposição frequente à radiação UV/LED e uso repetido de produtos químicos agressivos. Tudo isso enfraquece as unhas e sensibiliza a pele ao redor.”

5 imagensFechar modal.1 de 5

Quem prefere o formato quadrado também pode aderir à tendência, desde que mantenha cantos levemente arredondados para suavizar o visual

Getty Images2 de 5

Tons como o rosa claro dominam o estilo “princess nails”

Getty Images3 de 5

As francesinhas, clássico dos anos 90, também dominam o visual

Getty Images4 de 5

O esmalte vermelho fechado também se destaca entre os queridinhos

Getty Images5 de 5

Hidratar as mãos antes do procedimento pode melhorar a barreira cutânea e reduzir o ressecamento, mas não substitui o uso do protetor solar. Utilize hidratantes leves e de rápida absorção para evitar interferências no processo de esmaltação

Getty Images

Opte por esmaltes sem TPO

Como forma de prevenção, a dermatologista recomenda questionar os profissionais sobre a formulação dos produtos usados, especialmente se contêm TPO ou metacrilatos. “Já existem alternativas no mercado livres dessas substâncias que entregam resultados semelhantes ou com menos riscos”, afirma.

Por fim, Cristina reforça: “Se você gosta de esmaltação em gel, procure sempre usar produtos mais seguros e dê intervalos entre os procedimentos. Assim, é possível manter a beleza das unhas sem comprometer a saúde.”

Relembre a proibição: produto de esmaltes em gel é proibido por risco à saúde

Um ingrediente comum encontrado em muitos esmaltes em gel foi proibido na maior parte da Europa. O óxido de trimetilbenzoil difenilfosfina (TPO) foi oficialmente proibido em todos os produtos cosméticos depois que reguladores da União Europeia sinalizaram que é potencialmente tóxico para humanos.

O TPO atua como um fotoiniciador, ou seja, responde à luz. Em esmaltes em gel, ajuda a fixar o esmalte sob luz ultravioleta ou UV. Apesar disso, não está claro se o esmalte em gel representa uma ameaça à saúde humana, dados os níveis atuais de exposição.

3 imagensFechar modal.1 de 3

O principal problema da esmaltação em gel envolve tanto os ingredientes quanto o processo físico

Getty Images2 de 3

É importante lembrar que a esmaltação em gel, por deixar as unhas expostas a processos químicos intensos, remoções por desgaste mecânico e radiação UV/LED

Getty Images3 de 3

O ato de roer as unhas costuma estar ligado a questões emocionais, como estresse, raiva, transtornos ou preocupação com algo específico

LWA-Dann Tardif/GettyImages

Os reguladores europeus o classificaram como “cancerígeno, mutagênico ou tóxico para a reprodução”. Isso parece assustador, mas a pesquisa ainda está em estágio inicial. A maior parte da preocupação advém de estudos em animais que associam o TPO a problemas de fertilidade e potenciais danos aos órgãos reprodutivos.

A partir de 1º de setembro, os distribuidores em toda a União Europeia não poderão mais fornecer produtos que contenham TPO, e os proprietários de salões de beleza devem tomar medidas.

Categories: Geral
Tags: Vida & Estilo