No terceiro dia do julgamento que investiga a trama golpista de 2022, nesta terça-feira (9/9), Alexandre de Moraes e Luiz Fux protagonizaram um episódio de tensão no Supremo Tribunal Federal. A situação aconteceu durante a leitura do voto de Moraes, que já durava mais de duas horas.
Veja as fotosAbrir em tela cheia Alexandre de Moraes – Internet Reprodução Luiz Fux votou a favor da responsabilização das plataformasReprodução: YouTube/TV Justiça Alexandre de Moraes no primeiro dia do julgamento de Jair Bolsonaro no STFReprodução: YouTube/TV Justiça Alexandre de MoraesFoto: Igo Estrela/Metrópoles Alexandre MoraesReprodução: TV Justiça
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O ministro Flávio Dino pediu um aparte, comentando em tom descontraído que Moraes “precisava tomar uma água”. Fux, por sua vez, lembrou que os ministros haviam acordado previamente não interromper votos longos. Cristiano Zanin, presidente da Primeira Turma, explicou que a interrupção havia sido autorizada pelo relator.
Fux afirmou que não concederia apartes durante seu próprio voto, citando a necessidade de manter o raciocínio. Moraes ressaltou que o pedido de fala era dirigido a ele, e não ao presidente do STF. Dino então garantiu que não solicitaria a palavra a Fux.
Luiz Fux: “Alguns ministros votariam direto, sem intervenções. Apesar de adequada a intervenção do ministro Dino, quero cumprir o que combinamos.”
Cristiano Zanin: “Houve autorização do relator neste caso.”
Alexandre de Moraes: “Presidente, eu concedo aparte normalmente.”
Luiz Fux: “Não concederei, porque o voto é longo e qualquer interrupção quebra o fio da meada.”
Flávio Dino: “Não pedirei a palavra para Vossa Excelência. Pode ficar tranquilo.”
Bolsonaro e os demais réus respondem a cinco crimes: organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado por violência e ameaça grave, e deterioração de patrimônio tombado.
O parlamentar Ramagem, por decisão da Câmara dos Deputados, responde apenas por organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado.