O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu 15 dias para que o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL) e o jornalista Paulo Figueiredo apresentem defesa. A decisão foi tomada após a Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciar os dois por tentativa de coação.
De acordo com a denúncia apresentada pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, Eduardo e Figueiredo teriam buscado apoio de autoridades nos Estados Unidos para pressionar ministros do STF e prejudicar o Brasil com sanções internacionais. O objetivo seria beneficiar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em processos ligados à tentativa de golpe de Estado.
Veja as fotosAbrir em tela cheia Alexandre de Moraes vota pela condenação dos réus, incluindo o ex-presidente da República, Jair BolsonaroReprodução: YouTube/TV Justiça Eduardo Bolsonaro – Internet Reprodução Pai e filho, Jair e Eduardo BolsonaroFoto: Tomzé Fonseca/Futura Press/Estadão Internet Reprodução Eduardo Bolsonaro em live realizada neste domingo (20/7)Reprodução: YouTube/Eduardo Bolsonaro
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Se não entregarem defesa dentro do prazo, Moraes poderá acionar a Defensoria Pública da União ou indicar um advogado para representá-los.
O que a PGR aponta
Segundo Gonet, os dois acusados tentaram criar um clima de medo e instabilidade no país. A estratégia seria usar a ameaça de represálias estrangeiras para tentar influenciar decisões do Supremo em julgamentos que envolvem Jair Bolsonaro e seus aliados.
A denúncia afirma ainda que a atuação de Eduardo e Figueiredo poderia causar prejuízos à economia e à imagem internacional do Brasil.
Bolsonaro fora da denúncia
Jair Bolsonaro não foi incluído nesta acusação porque já responde em outra ação penal relacionada ao mesmo caso. Em agosto, ele foi condenado a 27 anos e 3 meses de prisão por liderar a trama golpista.