O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou nesta segunda-feira (1º/9) que o ex-presidente da Câmara Arthur Lira (PP) visite Jair Bolsonaro (PL), que cumpre prisão domiciliar em Brasília. A visita deve ocorrer até às 18h de hoje, conforme decisão judicial.
O pedido partiu da defesa do ex-presidente, a menos de 24 horas do início do julgamento que vai analisar a acusação de tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. O processo, que envolve Bolsonaro e outros sete réus, será julgado a partir desta terça-feira (2) pela Primeira Turma do STF. Se condenado, o ex-presidente pode enfrentar pena superior a 40 anos de prisão.
Veja as fotosAbrir em tela cheia Foto: Câmara dos Deputados Ministro do STF Alexandre de Moraes é relator dos casos que envolvem Bolsonaro no STFFoto: Vinícius Schmidt/Metrópoles Pai e filho, Jair e Eduardo BolsonaroFoto: Tomzé Fonseca/Futura Press/Estadão Foto: Câmara dos Deputados Bolsonaro concedeu entrevista à ReutersReprodução: YouTube/Reuters
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A prisão domiciliar de Bolsonaro foi determinada no início de agosto, após descumprimento de medidas cautelares que o impediam de usar redes sociais. Embora esteja fora do presídio, ele é submetido a regras rígidas: todas as visitas precisam de autorização prévia de Moraes, exceto as de familiares próximos e advogados. Além disso, os visitantes não podem portar celular, registrar imagens ou vídeos, e têm os veículos inspecionados pela polícia antes de entrar no condomínio.
Arthur Lira presidiu a Câmara dos Deputados entre 2021 e 2024, sendo aliado político de Bolsonaro durante dois anos de sua gestão. Após a decretação da prisão domiciliar, Lira classificou as medidas como “exageradas” em publicação nas redes sociais, afirmando que o país deveria “tratar melhor seus ex-presidentes”.
A visita ocorre em meio à tensão que antecede o julgamento, considerado decisivo para o futuro político e jurídico de Bolsonaro.