Possível suspensão de Israel do futebol cria impasse entre UEFA, FIFA e EUA

Possível suspensão de Israel do futebol cria impasse entre UEFA, FIFA e EUA

É cada vez mais iminente a suspensão da seleção e dos clubes de Israel do futebol. A UEFA, confederação europeia de futebol, onde o país do Oriente Médio atua, uma vez que possui problemas diplomáticos com outra nações que compõe a federação asiática, já formou maioria em seu comitê executivo para suspender o país de competições internacionais. No entanto, a provável suspensão pode causar um impasse entre a FIFA e os EUA.

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Reprodução/x: ge

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Uma das três sedes da próxima Copa do Mundo, os Estados Unidos, governado pelo presidente Donald Trump, é contra a ausência do Israel no Mundial de 2026 caso a seleção se classifique para o torneio. A FIFA, presidida por Gianni Infantino, considerado o maior aliado do presidente norte-americano no meio do futebol, se vê em uma encruzilhada, uma vez que, caso a UEFA confirme a decisão de suspender Israel, não terá como evitar a proibição para que o país judaico esteja na Copa de 2026.

A iniciativa de banir Israel da Copa do Mundo de 2026 foi tomada por países importantes na Europa, em especial a Espanha, do primeiro-ministro Pedro Sánchez, que chegou a ameaçar um boicote ao Mundial caso Israel esteja presente. A posição do chefe de governo espanhol é apoiada pela federação de futebol do país.

Protestos contra Israel dentro e fora de campo
Torcedores do PAOK, da Grécia, exibem faixas contra Israel em partida da Liga Europa contra o Macabbi Tel-Aviv / Reprodução: DAZN

Clubes israelenses também têm sido alvos de protestos em competições da UEFA. Na última quarta-feira (24/9), durante jogo da Liga Europa, torcedores do PAOK, da Grécia, hostilizaram atletas do Maccabi Tel-Aviv, e estenderam faixas lembrando os ataques a civis em Gaza: “Pare o genocídio. Mostrem a Israel o cartão vermelho”.

Os protestos não se limitam a clubes e seleções. O craque do Liverpool, o egipcío Mohammed Salah cobrou uma atitude da UEFA após a morte do atacante palestino Suleiman al-Obaid ser divulgada nas redes sociais.

Em agosto, durante a realização da Supercopa Europeia entre PSG e Tottenham, a UEFA fez uma ação para criticar a morte de civis na Palestina, sendo, pela primeira vez, mais ativa e crítica sobre o tema.

Possível banimento do futebol seguindo o exemplo da Rússia
Internet Reprodução

Clubes, federações, jogadores e até órgãos e especialistas ligados à Organização das Nações Unidas (ONU) pedem que a UEFA e a FIFA tomem a mesma medida contra Israel que tomada contra a Rússia após a invasão à Ucrânia em 2022.

O país está proibido de disputar qualquer competição internacional no futebol profissional, seja no âmbito de clubes ou seleções. Nos jogos olímpicos, atletas russos até podem disputar, mas sem poderem ostentar os símbolos russos, competindo com a bandeira do Cômite Olímpico Internacional (COI).

No entanto, segundo a agência de notícias Associated Press (AP), agentes do governo norte-americano trabalham para que qualquer suspensão ou banimento de Israel do futebol sejam evitados para a disputa da Copa do Mundo de 2026.

Israel vai pra Copa?
Partida entre Israel e Itália nas eliminatórias da UEFA para a Copa do Mundo de 2026 / Reprodução

Atualmente, Israel está em 3º lugar no Grupo I das Eliminatórias da UEFA para a Copa do Mundo e não conseguiria se classificar para o Mundial com o atual cenário. No entanto, caso consiga terminar na 1ª posição, se classifica para a Copa.

Em caso de 2º lugar, Israel poderá disputar um mata-mata com outras 15 seleções em busca das quatro vagas finais destinadas à UEFA. No Grupo I, a Noruega está na 1ª posição com 15 pontos, e a Itália na segunda posição com os mesmos 9 pontos de Israel, mas com 1 partida a menos e à frente nos critérios de desempate.

Por mais que se as eliminatórias terminassem hoje ficasse de fora da Copa, Israel ainda possui chances razoáveis de se classificar para o Mundial de 2026.

O que pensam os outros países-sede?
Reprodução/Instagram: @MetLifeStadium

Além dos Estados Unidos, México e Canadá também sediarão jogos da Copa do Mundo de 2026. Não há um posicionamento oficial dos dois países quanto a possível suspensão de Israel do futebol. No entanto, os governos de ambos têm feito reiteradas críticas ao genocídio na Faixa de Gaza.

Há uma semana, o Canadá, ao lado de Austrália, Reino Unido e Portugal reconheceram a Palestina como um Estado nacional legítimo, indo de encontro ao que Israel e os EUA defendem. Em abril deste ano, em resposta a um manifestante que gritou que havia um “genocídio em Gaza”, Mark Carney, primeiro-ministro canadense, assentiu: “Estou ciente, por isso que temos um embargo de armas”.

O fato não passou sem resposta de Benjamim Netanyahu, premiê israelense, que criticou a fala de Carney por meio de sua conta no X e pediu para “retroceder em sua declaração irresponsável”. Carney retrucou dizendo que não havia ouvido a palavra “genocídio”, mas que era um fato que existia um embargo de armas do país contra Israel.

A presidente do México, Claudia Sheinbaum, que é judia, também não aliviou críticas a Israel. Em um discurso para jornalistas na última segunda-feira (22/9), criticou Israel e pediu o fim do “genocídio em Gaza”. O país reconhece a Palestina como Estado legítimo desde 2023.

Por mais que não haja uma posição oficial de México e Canadá, por declarações dos chefes de governo, votos na ONU e críticas públicas, a tendência é que os demais países-sede da Copa do Mundo de 2026 não sejam contrários a uma possível punição a Israel.

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