A procuradora de Justiça e escritora Christiane Monnerat lançou, na noite de segunda-feira (29/9), sua mais nova obra, “Crime e Latido”. Reconhecida por transformar boletins de ocorrência em crônicas e laudos em metáforas, a autora estreia sem filtros, reunindo memórias, bastidores jurídicos e reflexões pessoais em um trabalho que define como uma “tragicomédia humano-jurídica”.
Entre os personagens que surgem no livro está o apresentador e jornalista LeoDias. O titular deste portal aparece em dois capítulos distintos, transitando entre o humor e situações que desembocam em ações judiciais.
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Christiane Monnerat sem filtro : Procuradora de justiça lança seu 1º livro: “Crime e Latido”
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Crime & Latido: Leo Dias vira personagem em livro da procuradora Christiane Monnerat
Christiane explica que a obra nasceu de sua vivência como procuradora especialista em proteção animal, acumulada ao longo de três décadas de carreira. “Foi inspirado, não é tudo verdade, eu acordei e falei: ‘eu acho que eu preciso’… Primeiro que eu tenho uma doença rara eu descobri depois, mas eu estou bem, graças a Deus. Então eu falei: ‘Tenho que divulgar isso para o mundo’. Como é considerada a proteção animal, uma causa que eles tentam diminuir essa questão no Brasil, pelo menos no Rio de Janeiro, mas acho que no Brasil como um todo”, afirmou.
O processo de escrita, segundo ela, foi visceral. “Todo mundo me pergunta: como foi lançar um livro? Isso não é um livro no sentido do vernáculo, é um desabafo jurídico, eu escrevi sangrando. Foram mais de 10 anos de proteção animal e eu costumo dizer que a realidade é a minha ficção preferida. Todas as vezes que eu lia alguma coisa que eu escrevia eu falava: ‘mas isso aconteceu mesmo?’ Mas claro que já aconteceu, foi eu quem escrevi, aconteceu comigo.”
No livro, a procuradora também ressignifica apelidos usados de forma pejorativa ao longo de sua trajetória. “Imagina, você acordar um dia e falarem: ‘A você é aquela maluca do au au’. Até eu agradeço as pessoas que tentaram diminuir meu trabalho da proteção animal com esse apelido, porque eu encontrei dentro de mim a ‘Maluca do Au Au’. Uma criatura com patas de barro, suja e que me acalenta sem julgamentos morais e hoje eu estou aqui nesse evento maravilhoso, eu me sinto até emocionada.”
Apesar da experiência de mais de 30 anos no Ministério Público, ela admite que o maior desafio foi outro. “Hoje em dia a gente tem medo até de andar na rua. Eu sou promotora há mais de 30 anos, então a gente passa colecionando amigos para não dizer o contrário, eu já trabalhei com tráfico, na Cidade de Deus, já trabalhei em tantos locais que hoje não podemos nem passar em frente, mas medo, medo mesmo eu tive da revisão ortográfica.”
“Crime e Latido” combina humor, emoção e crítica social. Mais do que relatar casos e experiências jurídicas, Monnerat propõe uma reflexão sobre a relação entre animais, justiça e a realidade cotidiana.