Nesta quinta-feira (18/9), é Dia Nacional de Conscientização e Incentivo ao Diagnóstico Precoce do Retinoblastoma, conforme a Lei nº 12.637/2012. O câncer ocular acomete crianças, geralmente antes do quinto ano de vida, mas também pode ser diagnosticado em adultos. Para entender melhor a doença, a reportagem do portal LeoDias entrevistou a médica oncologista Sabina Aleixo.
O retinoblastoma é um tipo raro de câncer que nasce na retina, a estrutura no fundo do olho responsável por captar a luz e formar as imagens. Ele acontece quando algumas células da retina crescem de forma descontrolada e formam um tumor. É o câncer ocular mais comum na infância, mas ainda assim é considerado raro.
Veja as fotosAbrir em tela cheia Criança com retinoblastomaReprodução marcelabarreira.com.br Criança com retinoblastomaReprodução coboftalmologia.com.br Criança com retinoblastomaReprodução sbop.com.br
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“Quase sempre o retinoblastoma aparece nos primeiros anos de vida, geralmente antes dos 5 anos. Casos em adultos são extremamente raros. Como o tumor está ligado a alterações genéticas que ocorrem muito cedo, é uma doença típica da infância”, explicou.
O sinal mais comum é a chamada leucocoria, quando a pupila parece branca ou brilhante em vez de preta, muitas vezes percebida em fotos tiradas com flash. Outros sintomas que podem surgir são: estrabismo (olhos “tortos” ou desalinhados); vermelhidão persistente nos olhos; aumento do tamanho do olho e diminuição da visão, que a criança pode não conseguir expressar, mas os pais percebem pela dificuldade de fixar o olhar.
“Dica para os pais: prestar atenção em fotos da criança, observar se um dos olhos aparece com reflexo branco, e não ignorar sinais de estrabismo. Qualquer alteração deve ser avaliada pelo oftalmologista”, aconselhou.
Diagnóstico
O diagnóstico é feito por exame oftalmológico detalhado. Muitas vezes, a criança precisa ser examinada sob anestesia para que o médico consiga avaliar toda a retina com segurança. Exames de imagem, como ultrassom ocular, ressonância ou tomografia, ajudam a entender melhor a extensão da doença e a planejar o tratamento.
“Dica para os pais: levar os filhos regularmente ao pediatra e, caso surja qualquer suspeita visual, buscar avaliação oftalmológica o quanto antes. O diagnóstico precoce aumenta muito as chances de cura e preservação da visão”, indicou a especialista.
Tratamento
O tratamento depende do tamanho e da localização do tumor, além de se a doença está em um ou nos dois olhos. Entre as opções estão: quimioterapia sistêmica ou local (direto no olho, via intra-arterial ou intravítrea); laser e crioterapia que ajudam a destruir pequenos tumores; radioterapia, em casos selecionados; cirurgia para retirada do olho (enucleação), quando não há como preservar a visão e a prioridade é salvar a vida da criança.
“Dica para os pais: mesmo após o tratamento, o acompanhamento de longo prazo é essencial, pois o retinoblastoma pode voltar ou aparecer em outros pontos da retina”, finalizou a profissional de saúde.