Sergio Ramos, um dos maiores ídolos da história recente do Real Madrid e atualmente jogador do Monterrey, do México, estreou no mundo da música, no último domingo (31/8), com a canção “Cibeles”. O título faz referência ao ponto tradicional das comemorações de títulos do clube espanhol.
O zagueiro de 38 anos utilizou a letra para relembrar momentos marcantes no Real Madrid, mas também para expor sentimentos de frustração com a saída do clube em 2021, quando deixou a equipe após não chegar a um acordo para a renovação de contrato.
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Em uma das passagens, Ramos recorda o vínculo construído ao longo de sua trajetória no time: “Eu matava por você, te amei e te defendi. Mas não estava nas minhas mãos. Você me pediu pra voar”.
O ex-capitão também aborda a forma como avalia a despedida, afirmando que não desejava sair, mas não percebeu o mesmo empenho do clube em mantê-lo. “Ainda bem que eu fui embora, porque você não me tratou igual”, canta em outro trecho.
A música também faz referência direta a sua participação decisiva na final da Liga dos Campeões de 2014, quando marcou aos 93 minutos o gol que levou a decisão contra o Atlético de Madrid para a prorrogação. “Uma partida dura noventa minutos, e eu te dei noventa e três de acréscimo. Nunca me cansei de tentar, essa história virou lenda”, relembra.
No encerramento, Ramos mistura a lembrança das conquistas com a dor da separação: “Você se esqueceu de mim, me deixou de lado, sem poder decidir, isso é o que mais me dói. E mesmo que tudo tenha sido assim, eu voltaria encantado, uma e até mil vezes mais”.
Batizada com o nome da praça onde tantas vezes ergueu troféus com o Real Madrid, Cibeles revela a dualidade de Sergio Ramos entre gratidão pelas conquistas e ressentimento pela forma como terminou sua passagem pelo clube.
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