A Sociedade Brasileira Lentes de Contato, Córnea e Refratometria emitiu um alerta urgente em São Paulo após o registro de 9 casos de intoxicação grave por metanol em 25 dias. Algumas vítimas morreram, outras foram internadas em estado grave e teve casos de cegueira. O comunicado citou os sintomas e o que fazer.
As vítimas foram intoxicadas após consumir drinks como gin, vodka e whisky em bares e eventos sociais. A suspeita é de que bebidas estejam sendo adulteradas com metanol, álcool industrial tóxico que é impossível de identificar pelo cheiro, cor ou sabor.
Veja as fotosAbrir em tela cheia Alerta devido à metanol em bebidas alcoólicasReprodução Instagram Sociedade Brasileira Lentes de Contato, Córnea e Refratometria
Alerta devido à metanol em bebidas alcoólicasReprodução Instagram Sociedade Brasileira Lentes de Contato, Córnea e Refratometria e abrahao.com.br/ montagem
A substância estaria sendo utilizada na produção de bebidas falsificadas.Reprodução/Canva
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No Instagram, a sociedade alertou: “SE SENTIR SINTOMAS COMO DOR ABDOMINAL FORTE E ALTERAÇÕES NA VISÃO APÓS BEBER, PROCURE UMA UPA OU PRONTO-SOCORRO IMEDIATAMENTE!”. Dor de cabeça, tontura, convulsões, dificuldade para respirar, náusea e vômito também são outros sintomas.
“Como se proteger: evite drinks e destilados de origem duvidosa; prefira bebidas lacradas (cerveja e vinho); verifique rótulo, lacre e selo fiscal. Compartilhe este post. Sua ação pode salvar vidas”, finalizou o texto no Instagram.
Casos podem estar subnotificados
O Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) alertou, nesta segunda-feira (29), para a possibilidade de subnotificação de casos de intoxicação por metanol. Até esta segunda-feira (29/9), o estado de São Paulo registrou 10 casos e três óbitos oficialmente atestados pelo Laboratório de Toxicologia Analítica do CIATox-Campinas.
No entanto, os números podem crescer nas próximas horas, de acordo com o órgão. Isso porque o caráter inédito da situação dificulta a confirmação das ocorrências. Casos que ainda não foram notificados pendem de confirmação laboratorial para serem incluídos nas estatísticas oficiais.
A análise foi divulgada durante a reunião extraordinária do Comitê Técnico do Sistema de Alerta Rápido (SAR) do Governo Federal, nesta segunda-feira (29/9). O encontro foi coordenado pela Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad/MJSP), do Ministério da Justiça e Segurança Pública e estabeleceu ações a serem cumpridas por outros órgãos governamentais.