Solidão na geração Z: Especialista fala sobre os malefícios dos eletrônicos e a falta de interação humana

Solidão na geração Z: Especialista fala sobre os malefícios dos eletrônicos e a falta de interação humana

Uma pesquisa no Reino Unido mostrou que 37% da geração Z se sentem constantemente solitários, mesmo em um mundo conectado. A dificuldade em iniciar conversas presenciais é um desafio que cresce, com 22% admitindo não saber como fazê-lo. O portal LeoDias entrevistou o psiquiatra Dr. Leonardo Lessa para saber quais são os malefícios do vício em eletrônicos e a falta de interação humana.

Segundo o especialista, normalmente as pessoas usam os jogos como diversão casual, mas, para alguns, são necessárias medidas terapêuticas para abandonar ou diminuir a relação prejudicial com dispositivos eletrônicos. Há relatos de pessoas que perderam amigos, empregos, tiveram distúrbios de sono, problemas de saúde e esses são apenas alguns dos problemas que os adictos [com vício] em eletrônicos enfrentam atualmente.

Veja as fotosAbrir em tela cheia Meninas tirando foto de si mesmas sem interagirReprodução ecommercebrasil.com.br Jovem lado a lado sem interagirReprodução careplus.com.br Jovem lado a lado usando celulares e sem interagir entre siCrédito: AdobeStock

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“A vontade de escapar da realidade faz com que o indivíduo não abandone o mundo virtual facilmente, alguns chegam até a utilizar medicação para tentar vencer o uso. Por outro lado, há o efeito positivo dos eletrônicos, que são utilizados também para a educação e tratamentos de pessoas desabilitadas por traumas, ajudam pessoas a vencerem depressões e problemas pessoais e também melhoram as habilidades de reflexo, funções cognitivas, interação social, além de ser uma ótima maneira de ter benefícios emocionais e criativos”, mostrou o médico, o lado positivo.

Geração Z é a mais afetada
É comum para os adolescentes da geração “Z” terem contato com a tecnologia desde muito cedo. Porém, há duas décadas, a tecnologia era limitada e, consequentemente, seu impacto sobre nossas vidas era expressivamente menor se comparado aos dias atuais. Por isso, é de relevância para a academia e para a sociedade que esse tema seja estudado.

“O jovem da geração “Z” possui um modo próprio de interagir nas mídias digitais: a socialização por meio dos jogos online, a monetização graças às novas profissões advindas da tecnologia, como influenciador digital. Por tais rotinas baseadas em horas à frente de um computador ou celular, o contato social fora da rede fica em segundo plano na vida desses jovens, o que gera questões como se há de fato malefícios em passar tanto tempo conectado ou se não temos com o que nos preocupar”, explicou o profissional de saúde.

O perigo da solidão
Mesmo quando desejam estar isolados, os jogadores online estão interagindo socialmente com outras pessoas, mesmo que na privacidade de seus próprios ambientes físicos. Isso coloca em questão a definição de “ser sociável”.

“Há quem afirme que as pessoas que preferem ficar em casa e jogar provavelmente são menos sociáveis. Outros argumentam que essas pessoas devem ser altamente sociáveis, porque provavelmente estão interagindo com muito mais gente do que seria possível em um evento social. Acredito que o perigo maior esteja relacionado ao uso excessivo da mídia e das redes sociais”, opinou o Dr.

Desenvolvimento cognitivo
Sabendo que a tecnologia não irá parar de se desenvolver, e que a cada dia que passa o mundo se torna mais tecnológico e conectado, fica claro que o contato com a tecnologia para todos os seres humanos se tornará uma necessidade tão comum e existencial quanto comer e beber para sobreviver.

“Em relação aos adolescentes e jovens de hoje, que consomem a internet mais que qualquer outro grupo etário existente, existe a questão de quanto o acesso a todos os tipos de conteúdo que a internet tem a oferecer pode impactar no desenvolvimento pessoal e cognitivo, e um de seus principais consumos na internet acaba sendo o de jogos online, que, como foi explicado e mostrado anteriormente, possui seus pontos positivos em seu desenvolvimento e elaboração de habilidades cognitivas, interpessoais e de contextos psicossociais em seu repertório.

Categories: ENTRETENIMENTO
Tags: falta de interação humanaGeração ZSAÚDE