Em uma entrevista exclusiva para o portal LeoDias, a repórter Monique Arruda conversou com Juliana Garcia, a mulher que foi brutalmente agredida pelo ex-namorado com 61 socos dentro de um elevador em julho. O crime chocou o país e trouxe à tona a realidade da violência contra a mulher. A vítima, que recentemente passou por uma cirurgia de reconstrução facial, falou sobre sua recuperação física e emocional.
A cirurgia, realizada algumas semanas antes da entrevista, exigiu a implantação de sete placas de titânio e 31 parafusos no rosto. “Tô me recuperando, mas com algumas sequelas ainda”, afirmou.
Veja as fotosAbrir em tela cheia Ela foi agredida pelo então namorado, o ex-jogador de basquete Igor Eduardo Pereira Cabral.Reprodução/@julianagarcia.br Vítima de agressão com 61 socosFoto: Record O caso aconteceu em 27 de julho, em Natal, no Rio Grande do Norte.Reprodução/@julianagarcia.br Mulher espancada com 60 socos por ex-namorado recebe homenagem e discursaReprodução: Youtube Mulher que levou mais de 60 socos do namorado no elevador fala pela 1ª vezReprodução: Record Mulher que levou mais de 60 socos do namorado no elevador fala pela 1ª vezReprodução: G1
Voltar
Próximo
Leia Também
Notícias
Vereadora é ameaçada por pai de ex-jogador que agrediu namorada com 61 socos
Notícias
Mulher agredida com 61 socos mostra evolução um mês após cirurgia de reconstrução facial
Notícias
Mulher espancada com 60 socos por ex-namorado recebe homenagem e discursa em Natal
Notícias
Ex-jogador que agrediu namorada com 61 socos escreve carta pedindo perdão
Apesar dos tratamentos, ela ainda lida com sequelas físicas significativas, como a paralisia parcial do lado direito do rosto, o que afeta o movimento da boca e causa lacrimejamento constante do olho. As sequelas psicológicas também são imensas. Juliana revelou estar em tratamento com psicólogos e psiquiatras, com sessões de terapia quatro vezes por semana, para lidar com o estresse pós-traumático.
“É bastante difícil, porque o estresse pós-traumático fica, a questão de estar em ambiente público e não saber como lidar com isso”, desabafou. Apesar do trauma, ela afirma que procura não se deixar limitar pelo medo. Ao ser questionada se conseguiria entrar em um elevador novamente, a vítima foi bem sincera.
“Medo é uma coisa normal que a gente tem, mas eu procuro não me deixar limitada.” A experiência a deixou mais insegura em relação às pessoas. “A gente nunca sabe o que esperar do outro, porque se eu passei dois anos com uma pessoa e não esperava isso, você imagina de alguém que a gente não conhece, né?”, refletiu. Quanto a um novo relacionamento, Juliana não tem planos: “Não tenho isso em mente agora, não tenho esse objetivo”.