O ativista brasiliense Thiago Ávila, detido por Israel, foi deportado do país e chegou à Jordânia nesta terça-feira (7/10).
Ao Metrópoles, a esposa de Ávila, Lara Souza, confirmou que o marido já está na Jordânia, mas ainda sem previsão de volta ao Brasil.
“Consegui conversar com ele por só dois minutos pelo telefone da embaixada. Ele está bem na medida do possível”, contou.
Na segunda-feira (6/10), Thiago escreveu uma carta de dentro da prisão. Nela, ele citou que os ativistas foram “agredidos fisicamente”, “ameaçados com cães” e foram “privados de sono, sob a mira de lasers e espingardas”.
“Fomo sujeitos a todos os tipos de abuso psicológico, desde colocar pessoas por horas em posições dolorosas, levá-las para ônibus adaptados como prisões com o aquecimento ligado, criando uma câmara de calor, e lidar com inúmeras ameaças o tempo todo”, afirmou.
Leia também
-
Brasiliense detido em Israel ainda não tem previsão de deportação
-
Mulher de ativista brasiliense diz que está há 24 horas sem notícias
-
Esposa diz que brasiliense foi “sequestrado pela 2ª vez” por Israel
-
Esposa diz que Thiago Ávila se recusou a assinar deportação de Israel
O ativista brasiliense ressaltou também que teve sua vida constantemente ameaçada, assim como a de sua filha.
“Fui interrogado por oficiais dos serviços secretos e até pelo próprio IOF por muitas horas. Depois de me manter firme e defender a Palestina, continuaram a ameaçar minha filha bebê, cuspiram na minha cara e me levaram com soldados para um ‘passeio’ no deserto, ameaçando me matar”, acrescentou.
Treze brasileiros liberados
Os treze integrantes brasileiros liberados por Israel da chamada Prisão de Ktzi’ot são: Thiago Ávila, Bruno Gilga, Lisiane Proença, Magno Costa, vereadora Mariana Conti (Psol-SP), Ariadne Telles, Mansur Peixoto, Gabriele Tolotti, Mohamad El Kadri, Lucas Gusmão, deputada Luizianne Lins (PT-CE), João Aguiar e Miguel Castro.