Durante o ensaio da Imperatriz Leopoldinense, no Rio de Janeiro, Cris Vianna protagonizou um dos momentos mais simbólicos do Carnaval carioca ao passar a coroa de Rainha de Bateria para a cantora Iza. Em entrevista exclusiva à repórter Katharine Alves, do portal LeoDias, a atriz falou sobre a importância da representatividade e refletiu sobre a cobrança estética no mundo do samba.
“Durante o tempo em que fui rainha de bateria, eu entendia que o meu corpo cabia para aquele lugar. Cabe! Sempre coube”, afirmou Cris, com firmeza. “Os corpos pretos cabem para estar no Carnaval em qualquer lugar que eles desejarem. O Carnaval foi feito por essas pessoas, então elas podem estar onde quiserem, do jeito que desejarem estar”, completou.
Veja as fotosAbrir em tela cheia Cris Vianna na quadra da Imperatriz LeopoldinenseFoto/portal LeoDias Iza e Cris Vianna na ImperatrizFoto: Thiago Mattos/Brazil News Cris Vianna na quadra da Imperatriz LeopoldinenseFoto/portal LeoDias
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A atriz destacou que nunca se deixou afetar por padrões impostos e que sempre buscou viver a folia com autenticidade. “Eu não entro nesse lugar de sofrência. Entro no lugar do que eu aceito ou não aceito. E se eu aceitar, eu só vou ser feliz”, declarou. Para ela, o desfile é antes de tudo uma celebração da diversidade e da alegria de ser quem se é.
Cris também se emocionou ao lembrar da trajetória na escola e do carinho da comunidade da Imperatriz. “Eu fico muito emocionada porque acho que a Imperatriz me recebeu como uma paulistana, me respeitando e trazendo o que eu tinha de samba pra oferecer. Sempre me senti acolhida”, contou.
Com brilho nos olhos, a artista celebrou a nova fase e o ciclo que se encerra com a chegada de Iza à bateria. “O Carnaval é um lugar que todo mundo pode. E é isso que o torna tão bonito, um espaço de liberdade, de respeito e de pertencimento”, finalizou Cris Vianna.