O presidente do Equador, Daniel Noboa, sofreu um ataque a tiros enquanto estava em seu veículo nesta terça-feira (7/10), na província de Cañar, região central do país. O episódio ocorreu durante protestos indígenas contra o governo e foi registrado em vídeo que mostra o momento em que o carro presidencial é alvejado.
Confira:
Nas imagens, é possível ouvir pessoas gritando “abaixe a cabeça”, enquanto o veículo é atingido e cercado por manifestantes. Segundo informações do governo equatoriano, Noboa saiu ileso.
“Os desestabilizadores não conseguiram deter o Governo Nacional. Tentaram impedir, à força, a execução de um projeto que visava melhorar a vida de uma comunidade”, afirmou o comunicado oficial da Presidência no X (antigo Twitter).
Segundo o governo, cerca de 500 pessoas participaram do ataque, que envolveu o lançamento de pedras e disparos de arma de fogo. O veículo oficial ficou com marcas de bala e danos visíveis na lataria.
A ministra do Meio Ambiente e Energia, Inés Manzano, formalizou uma denúncia de tentativa de assassinato contra Noboa. Ao todo, cinco pessoas foram presas e, segundo o comunicado oficial, serão processadas por terrorismo e tentativa de homicídio.
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Crise política
O atentado ocorreu em meio à crise social e política que atinge o país desde o fim dos subsídios ao diesel, medida que fez o preço do combustível subir de US$ 1,80 para US$ 2,80 por galão. A decisão provocou forte reação entre agricultores, transportadores e comunidades indígenas, que lideram os protestos.
A Confederação das Nacionalidades Indígenas do Equador (CONAIE), principal organização indígena do país, negou envolvimento direto no ataque e acusou o governo de reprimir violentamente manifestações pacíficas.
Apesar da tensão, a Secretaria-Geral de Comunicação informou ao jornal El Universo que o presidente manterá sua agenda oficial prevista para a semana.
Esta é a segunda tentativa de assassinato contra Noboa desde que ele assumiu o governo. Em abril deste ano, autoridades já haviam desmantelado um plano de ataque supostamente articulado por organizações criminosas e grupos políticos derrotados nas urnas.
Hugo Barreto/Metrópoles
@hugobarretophoto
Equador vai deportar detentos estrangeiros, diz presidente
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