De ativista na vida real à tela da Netflix: Arianne Botelho transforma “Caramelo” em missão pessoal

De ativista na vida real à tela da Netflix: Arianne Botelho transforma “Caramelo” em missão pessoal

Na maior estreia de um filme brasileiro na história da Netflix, “Caramelo” não só conquistou o topo da lista global de produções em língua não-inglesa, como também o coração de milhões de espectadores. Entre emoções, risadas e latidos, o longa é um tributo à empatia — e Arianne Botelho, protagonista ao lado de Rafael Vitti e do carismático cão Amendoim, é a alma dessa jornada.

Na pele de Camila, uma defensora apaixonada da causa animal, Arianne mergulhou fundo em um universo que, na vida real, ela já carrega no peito há tempos. “Defender e dar vida a uma personagem que está na linha de frente disso é uma realização pessoal e profissional pra mim. Eu acompanho ONGs que resgatam animais desde que criei minhas redes sociais”, conta.

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A atriz se emocionou ao estudar o trabalho da ativista Luisa Mell, que serviu como uma das inspirações para o papel: “O que mais me tocou foi a forma como os animais salvaram a vida dela. Ela fala disso com uma verdade que mexe com qualquer pessoa. Essa missão de resgatar vidas, de arriscar tudo por um bichinho, é algo gigante”.

O vínculo com os animais não ficou só na ficção. Arianne é mãe do Pagu, seu gato adotado, e fala sobre ele com o mesmo carinho que Camila dedica aos cães do abrigo no filme: “O Pagu chegou na minha vida num momento pessoal difícil. Ele sabe quando eu tô mal, sobe no lugar onde eu sinto dor, me conforta. É o meu parceiro de vida”.

Gravado com total foco no bem-estar dos animais, o set de “Caramelo” foi, segundo ela, um espaço de entrega — e de improviso. “Quem mandava era o Amendoim”, brinca. “Fazíamos tudo no tempo dele. Ele tinha uns oito dublês! Quando cansava, ia descansar, e tudo bem. A gente improvisava, rolava muita cena espontânea”, completa.

Entre as memórias de bastidores, Arianne destaca a cena mais divertida: a invasão dos cães no hospital, uma sequência “caótica, hilária e de muita bagunça”. Mas o longa também deixou marcas profundas. “A primeira cena, com o filhote sendo abandonado na estrada, já me fez chorar. E a última… nossa, é a que mais me emociona. É ali que tudo se amarra. Espero que as pessoas levem isso pra vida: que encontros verdadeiros transformam. Que o amor dos animais é o mais puro que existe”, fala.

O sucesso, claro, é motivo de orgulho. “Estamos no Top 1 global! O mundo inteiro assistindo. Eu tô muito feliz e muito grata. Ver o público se emocionando é um sentimento de dever cumprido”, diz ela, que com a visibilidade do filme, quer ir além das telas: “Quero usar minha voz pra contribuir com a causa animal. O que eu puder fazer, farei”.

Além da estreia histórica, ela já tem novos projetos a caminho. Em novembro, sobe aos palcos com a peça “Você Não Está Entendendo Nada”, no Teatro do Incêndio (SP), e se prepara para o lançamento de “A Prisioneira”, seu próximo longa, previsto para 2026. Seja no cinema, no teatro ou nas redes, Arianne segue movida pelo que acredita: “Esse filme me lembrou da importância da arte que toca, que provoca, que transforma. E eu quero continuar contando histórias assim”.

Categories: ENTRETENIMENTO
Tags: Arianne BotelhoCarameloCarla BittencourtNetflix