Diabetes: dispositivo pode acelerar a cicatrização de feridas e evitar amputações

Diabetes: dispositivo pode acelerar a cicatrização de feridas e evitar amputações

A professora Suélia Rodrigues, da Universidade de Brasília (UnB), transformou a dor pessoal ao ver o pai lidar com complicações por causa da diabetes, em uma descoberta capaz de preservar vidas. A pesquisadora criou um dispositivo que acelera a cicatrização de feridas e ajuda a evitar amputações, principalmente em pacientes com o chamado pé diabético.

O projeto foi intitulado de “Rapha” e o motivo do nome veio do anjo “Rafael”: “Ele é chamado assim por um motivo especial. Vem do anjo que significa cura”, destacou a pesquisadora ao portal LeoDias. Suélia ainda contou que viu seu pai sofrer com feridas que não cicatrizavam e resolveu unir ciência com empatia para ajudar outros pacientes com diabetes.

Veja as fotosAbrir em tela cheia Medidor de glicoseReprodução convivendocomdiabetes.com Especialista esclarece dúvidas sobre o diabetes, doença que afeta mais de 16 milhões de brasileirosFoto: Divulgação Especialista esclarece dúvidas sobre o diabetes, doença que afeta mais de 16 milhões de brasileirosFoto: Divulgação Saiba como cuidar da taxa glicêmicaDivulgação

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A pesquisa levou quase 20 anos para ser concluída, tendo sido iniciada em 2005. Ela é fruto da dedicação do Grupo de Engenharia Biomédica da UnB, coordenado por Suélia e pelo pesquisador Adson Ferreira da Rocha.

Como o dispositivo funciona:
O dispositivo une duas forças da ciência: um curativo feito de látex natural, extraído da seringueira, e uma luz especial de LED. Juntos, eles estimulam o corpo a se regenerar mais rapidamente.

Para o uso, é preciso limpar a região corretamente, para que o profissional aplique a lâmina de látex sobre a ferida e posicione o emissor de luz por cerca de 30 minutos. Depois, o curativo permanece no local por 24 horas. O processo é repetido diariamente, de acordo com a orientação médica.

Disponibilidade no SUS:
O equipamento “Rapha” agora está sendo avaliado para chegar aos hospitais e ao Sistema Único de Saúde (SUS). O dispositivo obteve o selo de segurança do Inmetro e aguarda o registro da Anvisa para produção em larga escala. A fabricação será feita pela empresa Life Care Medical, de São Paulo.

“É importante destacar que esta é mais uma opção de tratamento para os pacientes com diabetes. O projeto não foi desenvolvido para mudar o fluxo de trabalho dos profissionais de saúde nem para concorrer com o que já está disponível no mercado”, concluiu a pesquisadora Suélia Rodrigues.

Categories: ENTRETENIMENTO
Tags: amputaçãodiabetesSAÚDE