O ex-jogador Daniel Alves reapareceu na mídia espanhola, após ser absolvido no caso de agressão sexual. Dessa vez, ele surgiu como pastor de um culto evangélico na Igreja Elim Pentecostal, em Girona, cidade a cerca de 100 km de Barcelona. O momento foi registrado por fiéis e divulgado por veículos espanhóis nesta segunda-feira (27).
Nas imagens, o ex-lateral aparece discursando diante dos fiéis e compartilhando mensagens religiosas. “É preciso levar as coisas de Deus a sério. Eu sou uma prova disso. Fiz um pacto com Deus”, afirmou Alves. Em outro trecho, acrescentou: “No meio da tempestade, sempre há um mensageiro de Deus. Esse mensageiro me levou para a igreja e me mostrou o caminho”.
Nas redes sociais, Daniel Alves atualizou sua biografia para se descrever como “Discípulo de Cristo Jesús” e passou a publicar mensagens religiosas.
Há um ano, a atriz Luana Piovani ironizou a mudança de postura do ex-jogador. Ela se revoltou ao saber que ele, condenado por estupro, havia se convertido e pretendia investir na carreira de pastor evangélico.
“Daniel Alves, ex-jogador de futebol condenado a 4 anos por violência sexual na Espanha, pretende se tornar pastor. Qual será o próximo passo? Uma candidatura a deputado, seguida de um assento na chamada ‘bancada evangélica’ do Congresso? (que de evangélica só carrega o nome?)”, questionou ela.
Entenda o processo judicial de Daniel Alves
Daniel Alves esteve em times como Barcelona, Juventus e Paris Saint-Germain, além de passagens pela Seleção Brasileira. Ele foi acusado de agressão sexual por uma mulher de 23 anos, em uma boate, em dezembro de 2022 – em janeiro do ano seguinte, foi preso. Ele permaneceu quase 14 meses detido, até obter liberdade condicional mediante pagamento de uma fiança de 1 milhão de euros.
Durante o processo, o ex-jogador mudou sua versão diversas vezes — primeiro negando ter conhecido a mulher, depois afirmando que o encontro foi consensual. Em fevereiro de 2024, ele foi condenado a quatro anos e meio de prisão por agressão sexual, mas a defesa recorreu da decisão. Em março deste ano, Daniel foi absolvido pelo Tribunal Superior da Catalunha.