A recente declaração de Maíra Cardi, na qual afirmou não permitir que o marido, Thiago Nigro, trabalhe com outras mulheres, voltou a colocar em pauta um tema antigo e delicado: o controle dentro dos relacionamentos.
“Esse eu não perco”, disse a influenciadora ao revelar que contratou uma secretária lésbica para o companheiro. A fala, que viralizou nas redes sociais, gerou debates sobre ciúme, insegurança e os limites entre amor e posse.
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Controle não é prova de amor
Para a psicóloga clínica Anastacia Cristina Macuco Brum Barbosa, o comportamento de Maíra reflete uma herança cultural.
“As mulheres foram ensinadas, historicamente, a medir seu valor pelo olhar do outro, especialmente do homem. O controle surge como tentativa de preservar o amor e garantir reconhecimento, numa cultura que ainda responsabiliza a mulher por ‘segurar’ a relação”, explica.
Segundo Anastacia, muitos homens interpretam o controle como desconfiança, mas também têm dificuldade em lidar com a própria vulnerabilidade.
“Em vez de dialogar sobre o medo da parceira, muitos respondem com afastamento ou silêncio. Isso acaba reforçando o desequilíbrio e a falta de comunicação entre o casal”, afirma.
Ela alerta que o controle não impede a traição. “Na verdade, pode acentuar o desequilíbrio de poder: enquanto uma vigia, o outro se sente autorizado a esconder. É uma dinâmica que reforça papéis antigos, com a mulher no lugar de fiscal e o homem no papel de transgressor. A confiança verdadeira só nasce quando há autonomia emocional dos dois lados. A mulher precisa entender que não precisa controlar para ser amada, e o homem, que ser livre não é ser irresponsável.”
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Vigilância enfraquece a intimidade
A terapeuta tântrica e especialista em relacionamentos Dri Linares acrescenta que o controle muitas vezes nasce de inseguranças profundas.
“Ele pode vir de experiências passadas, como traições, rejeições ou abandonos, que criam a crença de que o outro vai escapar. Também pode estar relacionado à baixa autoestima e ao medo de não ser suficiente”, comenta.
Segundo Dri, controlar o outro gera sensação temporária de poder, mas fragiliza a intimidade. “Quando alguém se sente vigiado, perde a espontaneidade e o desejo de estar junto.”
Pode gerar rebeldia e traição
Ela ainda explica que o controle excessivo pode tanto inibir quanto motivar uma traição. “Em alguns casos, o parceiro entende o controle como preocupação genuína e isso reduz o medo da perda. Mas quando o comportamento é sufocante, pode gerar rebeldia e afastamento emocional. O controle exagerado cria o terreno ideal para que alguém busque um escape fora da relação”, diz a terapeuta.
Dri ressalta que a confiança é construída, e não imposta. “É essencial trabalhar as próprias inseguranças, entender de onde vem o ciúme e comunicar o que se sente de forma clara e respeitosa. Em vez de acusar o outro, é mais produtivo dizer ‘eu sinto’ ou ‘eu temo’. O diálogo verdadeiro nasce quando há espaço para vulnerabilidade e autonomia”, conclui.