Fórum Esfera em Belém debate caminhos para um futuro sustentável

Fórum Esfera em Belém debate caminhos para um futuro sustentável

Belém desperta com o som das chuvas e o murmúrio dos rios e, por um dia, o coração da Amazônia será também o centro do mundo. Na próxima sexta-feira (10/10), o Theatro da Paz, um dos maiores símbolos culturais do Norte do país, abre as portas para a terceira edição do Fórum Esfera Internacional, encontro que promete antecipar o debate global sobre transição energética, desmatamento e descarbonização, às vésperas da 30ª Conferência das Partes da ONU sobre o Clima (COP-30), que ocorrerá na própria capital paraense, em novembro.

Promovido pela Esfera Brasil, o evento — que já teve edições em Roma e Paris — chega pela primeira vez a solo brasileiro com uma escolha carregada de simbolismo: trazer a discussão sobre o clima para dentro da floresta, onde as consequências do aquecimento global já são realidade.

O encontro promete reunir vozes do Judiciário, do Executivo federal e estadual, além de dirigentes de agências reguladoras e lideranças do terceiro setor.

A estratégia é clara: colocar a Amazônia no centro das conversas internacionais, alinhando as prioridades nacionais aos compromissos climáticos globais — e fazendo da capital paraense um laboratório de debates sobre como conciliar desenvolvimento e conservação.

O Fórum Esfera Internacional será em 10 de outubro, às 8h30, com transmitido pelo YouTube.

O alcance do fórum

Organizado pela Esfera Brasil, o Fórum Esfera Internacional chega a Belém como uma plataforma para diálogo entre governos, empresas e sociedade civil.

Diferente de simpósios técnicos herméticos, o evento busca traduzir políticas públicas em propostas práticas, debate que inclui ministros, governadores, diretores de agências, representantes empresariais e vozes da sociedade civil.

A lista preliminar de convidados confirma a ambição: nomes do primeiro escalão do governo e atores regionais relevantes estarão lado a lado em painéis que pretendem ir além da retórica.

Num país cujos desafios ambientais se misturam à urgência da agenda social, o fórum se propõe a responder a perguntas difíceis:

  • Como acelerar a transição para uma matriz energética menos carbono-intensiva sem pôr em risco empregos e renda local?
  • Como tornar as políticas de combate ao desmatamento efetivas e, ao mesmo tempo, justas para populações tradicionais e trabalhadores rurais?
  • Quais instrumentos regulatórios as agências têm — e terão — para transformar metas em resultados palpáveis?

Por que Belém e por que agora?

A escolha de Belém para sediar a edição brasileira do fórum é estratégica.

A Amazônia é palco das contradições do país, riqueza natural imensa ao lado de pressões por uso de terra, infraestrutura e exploração econômica.

Trazer o debate para a capital do Pará permite articular políticas nacionais com realidades locais, estimular parcerias regionais e submeter propostas a quem vivencia o problema no dia a dia.

O timing também não é por acaso. Em um calendário internacional marcado pela aproximação da COP-30, os olhos globais voltam-se para as decisões nacionais que, somadas, podem mitigar (ou agravar) os efeitos das mudanças climáticas.

Se 2024 reforçou o caráter urgente da crise com relatórios e cientistas alertando para temperaturas e fenômenos climáticos extremos, 2025 demanda respostas com impacto real.

O fórum, portanto, busca transformar palavras em planos de ação.

 

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Quem estará na mesa

A programação incorpora autoridades com capacidade de decisão e influência. Entre os nomes confirmados estão:

  • Ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski
  • Ministro das Cidades, Jader Barbalho Filho
  • Ministro do Turismo, Celso Sabino
  • Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira
  • Ministro da Controladoria-Geral da União, Vinícius de Carvalho
  • Governador do Pará, Helder Barbalho
  • Governador do Mato Grosso, Mauro Mender
  • Governador do Amapá, Clécio Luís
  • Diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues

Também figuram diretores-gerais de agências essenciais para a infraestrutura regulatória do país — ANTT, ANTAQ, ANAC, ANA e ANEEL —, além de representantes da sociedade civil, como Preto Zezé (CUFA).

A amplitude de perfis dá ao encontro uma característica de “sala de controle” ampliada: legisladores, reguladores e atores sociais reunidos para alinhar diagnóstico e priorizar medidas.

Em termos práticos, a presença dos diretores das agências é especialmente relevante: são eles que operacionalizam normas, orientam investimentos em infraestrutura e atuam na ponta do licenciamento, fiscalização e concessões — instrumentos cruciais para a descarbonização e a proteção de florestas.

Painéis e temas centrais

O Fórum se estrutura em três eixos principais de discussão, todos conectados ao desafio de reposicionar o Brasil como potência verde:

Transição energética e descarbonização: caminhos para substituir matrizes fósseis por fontes limpas, conciliando crescimento econômico e metas ambientais.

Desmatamento e preservação da Amazônia: o desafio de proteger o bioma que regula o clima global e representa o maior ativo ambiental do país.

Governança e papel das agências reguladoras: como a regulação pode impulsionar investimentos sustentáveis e garantir equilíbrio entre inovação, segurança e meio ambiente.

Esses eixos dialogam com a proposta da Esfera Brasil de transformar debates em compromissos concretos.

A presença de ministros e diretores de agências reforça o tom institucional, enquanto lideranças regionais e empresariais trazem o olhar prático da execução.

Belém como palco de convergência

Mais do que o conteúdo dos painéis, o encontro em Belém carrega um significado simbólico poderoso.

Reunir autoridades nacionais na capital de um estado amazônico é um gesto de reconhecimento — de que as escolhas sobre a Amazônia afetam o país inteiro e que decisões globais sobre clima serão influenciadas por políticas tomadas aqui.

Se a Amazônia é o espelho do Brasil, o fórum é um convite: ver-se no espelho e responder.

É um convite para que políticas públicas deixem de ser abstratas e passem a ser medidas que façam sentido nas ruas, nas comunidades ribeirinhas, nas fazendas e nas cadeias produtivas que dependem da floresta.

Para leitores e cidadãos: acompanhar os desdobramentos, pressionar por transparência e exigir metas mensuráveis são passos concretos.

Em um país continental e plural como o Brasil, o desenvolvimento sustentável só será possível se construído com governança técnica e justiça social e se a sociedade inteira aceitar o convite para participar.

Fórum Esfera Internacional em Belém

Data: sexta-feira, 10 de outubro de 2025
Horário: 8h30 às 13h30
Local: Theatro da Paz (Avenida da Paz, Praça da República, Campina – Belém/PA)

Para acompanhar o bate-papo, basta acessar o link pelo YouTube.

Categories: Geral
Tags: Conteúdo especialcop30mudanças climáticaspost patrocinado