“Três Graças”, nova novela das nove da Globo, expôs o dilema da personagem Lígia, interpretada pela atriz Dira Paes. Na trama, a matriarca da família Maria das Graças enfrenta uma grave doença chamada hipertensão arterial pulmonar. O portal LeoDias te explica agora a condição de saúde abordada no folhetim criado e escrito por Aguinaldo Silva.
Segundo informações disponibilizadas pelo Hospital Israelita Albert Einstein, a hipertensão arterial pulmonar (HAP) é uma doença rara e progressiva provocada pela elevação anormal da pressão nas artérias pulmonares, que transportam sangue pobre em oxigênio do coração para os pulmões.
Veja as fotosAbrir em tela cheia Dira Paes na festa de “Três Graças”Reprodução / Portal LeoDias Portal LeoDias Dira Paes na festa de “Três Graças”Reprodução / Portal LeoDias Belo e Dira Paes nos bastidores de “Três Graças”Reprodução/@dirapaes Alana Cabral, Sophie Charlotte e Dira Paes em gravação de “Três Graças”Divulgação/TV Globo
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O problema surge quando, por alguma razão, as paredes da artéria pulmonar se tornam estreitas e rígidas, dificultando o fluxo sanguíneo. Com isso, o lado direito do coração (ventrículo direito) é obrigado a fazer mais força para compensar a situação. Com o tempo, o ventrículo direito pode aumentar devido ao trabalho extra. Esta condição (hipertrofia ventricular direita) pode levar à insuficiência cardíaca direita.
Dentre as principais causas da doença estão:
Hipertensão arterial pulmonar (HAP) — causa desconhecida (hipertensão arterial pulmonar idiopática), causas genéticas, uso de certas drogas ou substâncias ilegais, doença cardíaca congênita, HIV, cirrose, lúpus, entre outros;
Hipertensão pulmonar causada por cardiopatia do lado esquerdo — como doenças nas válvulas cardíacas e a insuficiência cardíaca;
Hipertensão pulmonar causada por doença pulmonar — como a doença pulmonar obstrutiva crônica, a apneia obstrutiva do sono e a fibrose pulmonar;
Hipertensão pulmonar causada por coágulos sanguíneos crônicos — como a embolia pulmonar;
Hipertensão pulmonar desencadeada por outras condições de saúde — como distúrbios do sangue, sarcoidose, vasculite, doença renal, tumores pressionando as artérias pulmonares.
Alguns sintomas são:
Cansaço excessivo e progressivo;
Falta de ar, inicialmente durante a prática de exercícios e, em alguns, em repouso;
Inchaço nos tornozelos, pernas e, eventualmente, no abdome;
Tom azulado nos lábios e na pele (cianose);
Sensação de pressão ou dor no peito;
Batimentos cardíacos acelerados;
Tontura e desmaios.
Ainda de acordo com o Hospital Israelita Albert Einstein, o diagnóstico da doença é feito por meio de cateterismo cardíaco direito. Geralmente, o médico também solicita, entre outros exames: raio-x do tórax; ecocardiografia torácica; polissonografia noturna, para avaliar a presença de apneia ou hipopneia obstrutiva do sono; e exames laboratoriais.
Já o tratamento pode incluir medicamentos anticoagulantes, vasodilatadores e diuréticos, controle da disfunção ventricular direita e, em alguns casos, uso de oxigênio domiciliar. Vale ressaltar que a doença não tem cura. Uma vez que a HAP se instala, ela não é revertida, mas pode ser controlada com medicamentos que ajudam a reduzir os sintomas e a melhorar a qualidade de vida do paciente.