Jovem vence câncer durante gravidez e celebra a vida ao lado do filho: “Tive muita fé!”

Jovem vence câncer durante gravidez e celebra a vida ao lado do filho: “Tive muita fé!”

Moradora de Teresina, no Piauí, Yanna Laving, de 18 anos, olha hoje para o futuro com esperança e empolgação. Em dezembro de 2024, quando estava grávida de 22 semanas, ela recebeu o diagnóstico de leucemia mieloide aguda e iniciou uma das jornadas mais desafiadoras de sua vida. Um mês após bater o “sino da vitória” e celebrar o fim do tratamento, a jovem comemora cada minuto ao lado do filho, Ravi Miguel, que nasceu saudável e virou um meninão sorridente — como a mãe faz questão de dizer.

Em entrevista ao portal LeoDias, Yanna relembra o início de tudo. Antes do diagnóstico, não havia apresentado sintomas preocupantes, apenas uma gripe que não passava. Transferida da maternidade sob suspeita de Covid-19, foi posteriormente diagnosticada com pneumonia e plaquetas muito baixas, o que levou à internação imediata, em um domingo. “Quando descobri, na terça-feira, o que realmente era (câncer), fiquei com muito medo”, confessa.

Veja as fotosAbrir em tela cheia Ravi nasceu em 26 janeiro. O bebê passou 68 dias internadoArquivo Pessoal Yanna Laving recebeu o diagnóstico de leucemia em dezembro de 2024, enquanto estava grávidaReprodução/Instagram/@hospitalsaomarcos Yanna Laving recebeu o diagnóstico de leucemia em dezembro de 2024, enquanto estava grávidaArquivo Pessoal Arquivo Pessoal

Voltar
Próximo

Leia Também

Saúde
Cientistas desenvolvem “super vacina” que pode prevenir o surgimento de câncer; entenda

Famosos
Pai de Isabel Veloso doa medula óssea para a filha em luta contra o câncer

Saúde
Oncologista explica diagnóstico de Jessie J e detalha tratamento de câncer de mama

“Medo de perder meu filho, medo de acontecer alguma coisa comigo. No começo, eu estava com pensamentos negativos, mas depois passei a orar bastante e os meus pensamentos começaram a mudar um pouco. Acho que o momento mais difícil foi quando comecei a perder peso e quando perdi os meus cabelos”, completa a jovem, pontuando que no dia seguinte da internação, na segunda-feira, a perguntaram se podiam fazer o exame mielograma (que analisa a medula óssea) e ela não sabia nem o que era, mas disse que podia.

As sessões de quimioterapia começaram dez dias após o diagnóstico. A gestação avançava junto ao tratamento, e, para garantir a segurança do bebê, Yanna realizava ultrassons duas vezes por semana. Ela conta que sua maior força vinha do filho. “Acho que se não fosse por ele, eu tinha desistido no meio do caminho porque não é fácil. Mas eu tinha uma vida que precisava de mim”, destaca.

Na 29ª semana de gestação, os médicos informaram que seria necessário realizar uma cesárea de emergência. Assim, Ravi Miguel nasceu em 26 de janeiro e precisou ficar 68 dias internado. Oito meses depois, em 26 de setembro, Yanna pôde finalmente comemorar o fim do tratamento contra o câncer.

“Fiquei muito feliz, muito mesmo. O que eu desejava era somente ir para casa, ficar com o meu filho, porque passei um mês longe dele”, destaca. “Hoje estou bem, graças a Deus. Estou me sentindo bem e realizada. E o meu filho, graças a Deus, também está bem e com saúde”, emenda.

Cheia de planos, Yanna sonha com novos começos: “Pretendo terminar os meus estudos e mais pra frente, arrumar um serviço, me formar. Quero fazer faculdade de Direito”.

“Quero que ele se orgulhe da nossa história”
Ao falar de Ravi Miguel, a emoção toma conta: “Meu filho é muito sorridente, apesar de tudo o que aconteceu com ele bem no comecinho. Ele é uma criança muito sorridente, muito esperta, presta atenção em tudo. E a característica dele, que eu mais gosto, é o sorriso. Ele ri para tudo, até para o vento (risos). Quero que ele se orgulhe da nossa história. Ele lutou muito pela vidinha dele, desde quando estava dentro da minha barriga, para hoje ele estar aqui, forte, crescendo e com muita saúde, graças a Deus”.

Yanna encerra deixando uma mensagem de fé e esperança para quem enfrenta a mesma luta: “Eu diria que não desista. Tenha fé e confie em Deus. A fé move montanhas. Eu tive muita fé! Fé que o meu filho ia sair do hospital com vida, fé que eu ia vencer. Meu filho saiu do hospital com vida e eu venci. Hoje estou com ele”.

“Digo para qualquer pessoa: não desista, tenha fé e entregue tudo nas mãos de Deus que tudo irá dar certo. Primeiramente, Deus. Depois os médicos. Foi uma equipe sensacional. Não tenho nem palavras para descrever todos eles”, conclui, em agradecimento à equipe do Hospital São Marcos e da Maternidade Evangelina Rosa.

Vale ressaltar que o “sino da vitória”, citado na matéria, é utilizado por diversos hospitais norte-americanos e brasileiros, como símbolo do término do tratamento contra o câncer.

Categories: ENTRETENIMENTO
Tags: CâncerleucemiaSAÚDEsino da vitóriaTeresina