O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou, nesta segunda-feira (20/10), a nomeação do deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) como novo ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, pasta responsável pela articulação do governo com os movimentos sociais. Ele entra no lugar de Márcio Macêdo (PT-SE), que vinha ocupando a pasta desde o início do mandato.
A decisão foi comunicada durante uma reunião no Palácio do Planalto, que durou cerca de uma hora e meia. Estiveram presentes, além de Lula e Boulos, os ministros Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais), Rui Costa (Casa Civil) e Sidônio Palmeira (Secom). Uma transição técnica deve ocorrer nos próximos dias entre as equipes de Macêdo, que deixa o cargo, e o novo ministro.
Veja as fotosAbrir em tela cheia Na Câmara dos Deputados, um dos representantes do PSOL é Guilherme BoulosFoto: Ricardo Stuckert Deputado federal Guilherme Boulos (PSOL/SP)Foto: Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados Guilherme BoulosReprodução: Redes Sociais Guilherme BoulosFoto: Guilherme Santos/Sul21 Guilherme BoulosFoto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados
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Após o anúncio, o presidente publicou uma foto ao lado de Boulos e Macêdo nas redes sociais, oficializando a mudança no ministério.
A escolha do líder do PSOL tem como objetivo estreitar o diálogo do governo com os movimentos sociais, uma das principais frentes de apoio de Lula, e também reforçar a base política de olho na eleição presidencial de 2026. Boulos é uma das figuras mais conhecidas do campo progressista e construiu sua trajetória como uma das lideranças do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST).
Segundo uma fonte próxima ao presidente, ouvida pelo G1, a permanência de Boulos no cargo deve se estender até o final do mandato. Isso significa que o novo ministro não deverá disputar as eleições de 2026, já que, pela legislação eleitoral, ministros que pretendem concorrer a cargos públicos precisam deixar o governo até março daquele ano.