Lula brinca que pode “falar mais grosso” com Trump e diz que restabeleceu relação

Lula brinca que pode “falar mais grosso” com Trump e diz que restabeleceu relação

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta sexta-feira (10/10) que restabeleceu uma relação com o governo dos Estados Unidos que “nunca deveria ter sido truncada” e fez uma brincadeira dizendo que, por ser oito meses mais velho que Donald Trump, tem “direito de falar mais grosso” com o presidente norte-americano.

“Ele é 8 meses mais novo que eu, então, portanto, eu tenho idade de falar mais grosso com ele. Nós dois, com 80 anos, a gente não pode passar discórdia e desavença para o restante do mundo, nós temos que passar harmonia”, disse o petista durante discurso em um evento de lançamento de um novo modelo de crédito imobiliário na zona sul de São Paulo.

O presidente disse também que quem acha que “lamber botas ajuda, vai cair do cavalo”, em relação ao diálogo com Trump. Para Lula, “parecia impossível” estabelecer uma conversa com o presidente Donald Trump.

“‘Puxa vida, acabou o Brasil’. Não acabou. A gente não vai ficar chorando o leite derramado. Se ele não quer comprar, a gente vende na China, na Ásia (…) Não dá para a gente ficar dependendo de um país ou de um humor do presidente de um país. No mundo, ninguém respeita quem não se respeita. Se você acha que lamber bota te ajuda, vai cair do cavalo”, afirmou o presidente.

“Eu gosto de conviver com as desavenças, a gente estabeleceu uma relação que nunca deveria ter sido truncada, porque eu nunca tratei presidente de nenhum país ideologicamente. O Brasil não tem interesse de brigar com o s EUA, eu não quero brigar. E se a gente brigar e a gente ganhar, o que a gente vai fazer? Então, é melhor não brigar. É melhor sentar na mesa, conversar um pouquinho”, completou o petista.

Também estiveram presentes no evento em São Paulo o vice-presidente Geral Alckmin (PSB); os ministros Fernando Haddad (Fazenda), Jader Filho (Cidades), Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário) e Márcio Macedo (Secretaria-Geral da Presidência), além dos presidentes da Caixa Econômica Federal e do Banco Central.

Assim como nas últimas agendas de Lula em São Paulo, o governador Tarcísio de Freitas não participou do evento. No mesmo dia, a gestão estadual inicia um mutirão também na área habitacional, em que distribuirá cartas de crédito imobiliário por meio do programa Casa Paulista, uma das principais vitrines da gestão do governador.

Derrotada do governo e disputa com Tarcísio

A visita do presidente à capital paulista ocorre em um momento de escalada das tensões com o governador Tarcísio de Freitas, e após o governo ter sido derrotado na articulação da MP do IOF.

Durante a semana, deputados governistas acusaram o governador de ter “boicotado” a medida provisória. A participação de Tarcísio nas articulações contra a medida protetiva foi confirmada pelo líder do PL, Sóstenes Cavalcante, e por deputados do centro. Apesar disso, o governador foi às redes sociais nessa quinta-feira (9/10) dizer que estava sendo alvo de uma campanha de “mentiras do PT”.

Novo modelo de crédito imobiliário

No evento, o governo anunciou a modernização do modelo de captação de recursos pelos bancos para a realização de financiamentos habitacionais no âmbito do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE).

Segundo o Planalto, a medida viabilizará mais recursos para financiamento habitacional e beneficiará, principalmente, as operações realizadas dentro das regras do Sistema Financeiro da Habitação (SFH) para a classe média, o que deve expandir o investimento no setor de construção civil e o emprego.

“Hoje é um dia muito importante, de uma transformação estrutural na economia brasileira. Crédito imobiliário é um dos principais indicadores para a saúde e a força de uma economia. E na vida das pessoas também”, afirmou Galípolo, que fez um rápido discurso no início da cerimônia.

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O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos)

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