Ele poderia ter passado despercebido nos primeiros capítulos, mas quem prestar atenção vai entender rápido: Cristiano (Davi Luis Flores), o menino que vive grudado no celular, vai muito além do alívio cômico. Filho de Alaíde (Juliana Alves) e Rivaldo (Augusto Madeira), porteiro do prédio em frente ao misterioso casarão de Arminda (Grazi Massafera), o garoto é uma verdadeira câmera de vigilância ambulante — e isso vai dar muito pano pra manga.
Morador da Aclimação, bairro central de São Paulo onde se passa a trama, Cristiano registra tudo o que acontece na rua, principalmente os estranhos movimentos no casarão da vilã. O que ninguém sabe ainda é que, em breve, ele será o único a ter provas de um dos momentos mais bombásticos da novela: o roubo da escultura “As Três Graças”.
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A responsável pelo crime? Gerluce (Sophie Charlotte), cuidadora da idosa Josefa (Arlete Salles), que no primeiro capítulo já demonstrou estar hipnotizada pela beleza da peça. O que parece ser apenas uma relíquia de valor artístico é, na verdade, o cofre de um esquema criminoso milionário: a escultura guarda sacolas de dinheiro vivo acumulado por Arminda e Santiago Feretti (Murilo Benício), vilões que comandam uma rede de corrupção e falsificação de medicamentos.
Criada por Giovanni Aragna, artista fictício concebido por Aguinaldo Silva, a escultura é uma releitura da clássica “As Três Graças”, com inspiração direta nos mestres renascentistas como Botticelli e Raphael. Mas aqui, arte e crime andam lado a lado.
Movida por revolta e não por ambição, Gerluce decide roubar a estátua após descobrir que os remédios distribuídos pela fundação de Feretti são falsificados — e já causaram mortes em sua comunidade, inclusive a de sua própria mãe. A sequência do roubo está prevista para ir ao ar por volta do capítulo 60, entre o fim de dezembro e o início de janeiro. E quem vai flagrar tudo, claro, é o pequeno Cristiano — com seu inseparável celular na mão.