O governo de São Paulo comunicou a sexta morte relacionada aos casos de intoxicação por bebidas contaminadas com metanol. Segundo o balanço, publicado nesta quarta-feira (1º/10), um óbito foi confirmado e outros cinco seguem em investigação.
A Secretaria de Estado da Saúde (SES) também atualizou o número de casos para 37, sendo 10 casos confirmados para intoxicação por metanol e outros 27 em análise.
Peritos analisam destilados em SP
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Autoridades paulistas realizam operações contra a intoxicação por metanol em bebidas
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Autoridades apreenderam em um mercadinho mais de 40 garrafas de whisky, gin e vodca
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Procon participa da operação também
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Polícia de SP diz que investiga quatro casos de contaminação por metanol na capital e mais quatro na Grande SP
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Um estabelecimento no Jardins, outro na Mooca, um na Vila Mariana e outro em São Bernardo foram interditados
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Entre terça e quarta, foram apreendidas 800 garrafas de bebidas alcoólicas suspeitas de adulteração
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Vigilância Sanitária trabalha em conjunto com a Policia Civil de SP
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Duas pessoas foram presas suspeitas de envolvimento na intoxicação por metanol
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Só nesta terça-feira, 112 garrafas de vodca foram apreendidas em diversos pontos da capital paulista
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Os bares estão sendo interditados de maneira cautelar
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Operação apreendeu 50 mil garrafas de bebidas adulteradas
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Quatro estabelecimentos foram interditados e um proibido de vender bebida alcoólicas após operação em SP
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Vigilância Sanitária interditou alguns estabelecimentos em SP
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Confira os números:
- 1 morte confirmada por metanol;
- 5 mortes sob investigação;
- 10 casos de intoxicação por metanol;
- 27 casos suspeitos de intoxicação por metanol;
Também nesta quarta-feira, a Polícia Civil realizou mais uma vistoria em estabelecimentos comerciais para investigar a comercialização de bebidas alcoólicas contaminadas. A ação contou com apoio da Vigilância Sanitária.
Ao todo, seis estabelecimentos foram interditados cautelarmente, uma distribuidora teve a inscrição estadual suspensa preventivamente e outras 3 estão com a suspensão sob análise.
Gabinete de crise
Um gabinete de crise foi implementado pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), nesta terça. A medida foi determinada após uma reunião técnica, realizada no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo estadual, para detalhar as medidas adotadas no combate à intoxicação por metanol e a investigação dos envolvidos.
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“É fundamental fazer esse fechamento cautelar de todos os estabelecimentos em que tivemos ocorrência para aprofundar a investigação. A preocupação é garantir a segurança do cidadão. O estabelecimento só vai ser liberado para voltar a funcionar se tivermos certeza que está seguro”, afirmou Tarcísio de Freitas.
Investigações
A Secretaria da Segurança Pública (SSP) descarta, por ora, o envolvimento do Primeiro Comando da Capital (PCC) nas adulterações. A suspeita é de que as práticas sejam conduzidas por quadrilhas independentes, uma vez que nunca havia registro de uso de metanol na adulteração.
Entre as linhas de investigação estão a hipótese de contaminação indireta, acidente no processo ou até o uso da substância para lavagem de garrafas reaproveitadas.
A investigação agora concentram esforços em rastrear a origem das distribuidoras e os fluxos de pagamento. Os donos de estabelecimentos já prestaram esclarecimentos.
Alerta
A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo emitiu, nesta terça-feira (30/9), um alerta aos profissionais de saúde sobre o risco de intoxicação por ingestão de metanol.
O aviso foi realizado por meio do Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) e do Centro de Vigilância Sanitária (CVS). A substância pode estar presente em bebidas alcoólicas clandestinas ou adulteradas e, por ser altamente tóxica, leva à cegueira permanente e até ao óbito.
O alerta divulgado aos serviços de saúde do estado reforça que os sinais e sintomas costumam aparecer entre 6 e 24 horas após a ingestão.
Sintomas de intoxicação por metanol
- Sonolência
- Tontura
- Dor abdominal
- Náuseas
- Vômitos
- Confusão mental
- Taquicardia
- Visão turva
- Fotofobia
- Convulsões
- Acidose metabólica
Nos casos mais graves, pode haver cegueira irreversível, choque, pancreatite, insuficiência renal e comprometimento neurológico.
Segundo a pasta, o paciente com quadro incomum após ingestão de bebida alcoólica deve ser avaliado imediatamente e realizar exames laboratoriais e avaliação oftalmológica. O alerta emitido traz orientações técnicas sobre a conduta clínica a ser adotada nestes casos.