O senador Rodrigo Pacheco (PSD/MG) afirmou nesta quinta-feira (16/10) que se sente lisonjeado por ser apontado como possível sucessor de Luís Roberto Barroso no Supremo Tribunal Federal (STF), mas ressaltou que não pretende estimular debates sobre sua indicação.
Segundo o parlamentar, a decisão sobre quem ocupará a cadeira vaga cabe exclusivamente ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e qualquer comentário antecipado seria precipitado. “São manifestações que surgem, fico muito honrado e satisfeito que elas existam. Lembro-me do ministro Flávio Dino dizendo que não se faz campanha para isso, mas, ao mesmo tempo, não se recusa”, declarou.
Veja as fotosAbrir em tela cheia Rodrigo Pacheco, ex-presidente do Senado (PSD)Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado Davi Alcolumbre e Rodrigo PachecoDivulgação: Senado Federal Também estiveram presentes na cerimônia os convidados: o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos/PB); o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT); o antecessor de Fachin na presidência do STF, ministro Luís Roberto Barroso; e o presidente do Senado Federal que não está no frame de vídeo, Davi Alcolumbre (União Brasil/AP)Reprodução: YouTube/STF Lula ao telefoneFoto: Agência Gov Luís Roberto Barroso deixa o cargo de presidente do STF a partir desta sexta-feira (17/10)Foto: Antonio Augusto/STF
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Pacheco relatou que sua última conversa com o presidente tratou de temas ligados ao governo de Minas Gerais, e não sobre o Supremo. Lula tem incentivado o senador a disputar o Executivo mineiro em 2026, de olho no segundo maior colégio eleitoral do país; considerado decisivo em qualquer eleição nacional.
“Não quero fazer nenhuma especulação em relação ao Supremo Tribunal Federal. Quanto à continuidade política, essa é uma decisão que, obviamente, é muito relevante à posição do presidente, mas é uma decisão que passa necessariamente por mim próprio, uma decisão minha no futuro”, afirmou o parlamentar, que ainda reconheceu estar dividido entre as duas possibilidades.
O ex-presidente do Senado evitou se posicionar sobre sua eventual preferência, mas elogiou outros nomes cogitados para o STF, como o advogado-geral da União, Jorge Messias; e o ministro do Tribunal de Contas da União, Bruno Dantas. “Só tenho elogios a fazer ao ministro Jorge Messias, assim como ao ministro Bruno Dantas”, disse.
Pacheco, que recebeu apoio público do decano do STF, Gilmar Mendes, e do presidente do Congresso, Davi Alcolumbre (União Brasil/AP), afirmou não querer contribuir com especulações sobre o tema.
A possibilidade de Pacheco assumir uma vaga no STF surge em um momento de transição política. Ele encerrou recentemente o mandato na presidência do Senado, período em que construiu pontes com diferentes alas do Congresso e do Judiciário.
Com a aposentadoria de Barroso, prevista para esta semana, Lula deverá anunciar o novo ministro.