PF intensifica combate ao garimpo ilegal no Pará e destrói estruturas em áreas protegidas da Amazônia

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Entre os dias 19 e 23 de outubro, a Polícia Federal realizou a Operação Olho do Céu com o objetivo de desarticular atividades de garimpo ilegal nas regiões de Altamira e Rurópolis, no sudoeste do Pará. A ação faz parte de uma estratégia de reforço à proteção ambiental em áreas sensíveis da Amazônia.

Durante a operação, os agentes identificaram diversos pontos de exploração mineral irregular, incluindo áreas dentro de Florestas Nacionais e nas Terras Indígenas Kuruaya e Trincheira-Bacajá, locais de uso restrito e proteção integral.

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Foram cumpridos mandados de busca e apreensão e executadas medidas judiciais em áreas onde funcionavam garimpos ilegais. Devido à dificuldade de remoção dos equipamentos, a PF inutilizou 20 motores de drenagem, duas esteiras, três tratores pá-carregadeira, uma motocicleta e uma balsa de extração mineral. O prejuízo estimado aos criminosos ultrapassa R$ 3,1 milhões, afetando diretamente a estrutura financeira dos grupos envolvidos e dificultando a retomada das atividades ilícitas.

O garimpo ilegal tem causado graves impactos ambientais na região, como desmatamento, contaminação por mercúrio e prejuízos às comunidades indígenas e ribeirinhas. A PF destacou que as ações fazem parte do compromisso permanente com a preservação da Amazônia, especialmente em um momento em que o Pará se prepara para sediar a COP30, conferência internacional sobre mudanças climáticas.

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A operação também atende à ADPF 709 do Supremo Tribunal Federal (STF), que determina medidas de proteção aos povos indígenas e o enfrentamento da mineração ilegal em seus territórios. A Delegacia da PF em Altamira, considerada uma unidade de referência da Diretoria da Amazônia e Meio Ambiente (DAMAZ), coordena as ações integradas de combate aos crimes ambientais na região, fortalecendo o controle e a defesa do patrimônio natural amazônico.

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